20 fevereiro, 2012

ADÃO E EVA



A Gênese da consciência.

A lenda da origem da vida, que inclui as figuras simbólicas de Adão e Eva, envolve também a polêmica questão dogmática do pecado original.

E formou o Senhor Deus o homem do pó da terra, e soprou em suas narinas o fôlego da vida; e o homem foi feito alma vivente.
Gênesis, 2:7.


Segundo aqueles que interpretam, de forma literal, o texto Bíblico: O pecado original, cometido e introduzido na terra por Adão, induzido pela serpente no Jardim do Éden. O estímulo da serpente fez com que Eva sugerisse a Adão que também provasse do fruto proibido, o qual foi colhido da árvore do conhecimento.
Outra forma de interpretar a Gênesis bíblica envolve a análise do significado dos símbolos utilizados no texto. Naquele período, os escritos oficiais eram os de cunho religioso e esta literatura não tinha um caráter jornalístico ou histórico.
A literatura em questão era, também, recheada de conhecimentos populares aceitos, então, como verdades indiscutíveis. Por isso, existem semelhanças com textos de outras religiões mais antigas.
O contato do povo Hebreu com outros povos, na condição de escravos ou de viajantes nômades, permitiu a absorção desses mitos de forma lenta e gradual (fato este negligenciado pelos mais avessos à História antiga por questões dogmáticas).
Sabemos que os textos sagrados foram extremamente importantes na evolução espiritual e social de um povo semi-selvagem que começava a abandonar a idolatria e o politeísmo. Esses textos elaborados sob inspiração Superior tornam-se atuais e corretos se interpretados, hoje, como um símbolo, uma metáfora.
Essa forma de interpretação, de cunho mais filosófico, é a que permite que sejam extraídas, de documentos tão antigos, verdades ainda atuais. E mais do que isso, verdades compatíveis com a ciência.
Considerando que ciência nada mais é do que o estudo sistemático das Leis da natureza e que essas Leis são Divinas em sua origem (já que é Divina a origem do Universo). Podemos concluir que, a ciência humana estuda a porção material da Criação Divina. É por isso que ela não é oposta a Deus, mas fruto Dele.

A Gênesis Bíblica.


Trata-se de uma belíssima referência á responsabilidade individual, sendo esta proporcional ao nível de conhecimento moral e ético de um povo, em função de sua história e realidade social.
Mas da árvore do conhecimento do bem e do mal, dela não comerás; por que no dia em que dela comeres, certamente morrerás.
Gênesis, 2:17.
A árvore do conhecimento representa a capacidade de um ser humano de reconhecer o que é bom e o que é mal. A partir do momento em que o ser humano adquiriu essa capacidade, quando ele comeu o fruto da árvore do conhecimento, ele se tornou integralmente responsável pelos seus atos perante seu próximo e perante Deus.
O selvagem que utilizava o raciocínio para melhorar suas condições de sobrevivência passa, neste momento Histórico, a ser Homem espiritual já que agora distingue o certo do errado.
Neste momento, o ser em desenvolvimento de suas capacidades físicas e espirituais, torna-se responsável pelas conseqüências dos seus atos. O bem que promove, gera proximidade Divina. O mal que faz a si mesmo ou ao seu irmão, é débito moral a ser resgatado pela dor ou pela reparação integral do dano.
Entendemos, então, que Adão simboliza o momento em que os homens primitivos iniciam o conhecimento da diferença entre o certo e o errado, passando a ter condições de optar pelo caminho que prefere seguir. É aí que o homem se torna Homem e deixa de ser selvagem.
O caminho do bem leva diretamente a Deus. O caminho do mal leva à satisfação dos prazeres imediatos e individuais. Este caminho, apesar de aparentemente saboroso, é longo e inóspito.
A serpente simboliza nossas fraquezas morais e o apego material. Ela encontra-se dentro de cada ser humano e é extremamente sedutora, faz com que inúmeras justificativas sejam criadas para que se cumpra o desejo de satisfação das mais vis paixões.
Essa serpente de paixões nos consome intimamente, convidando insistentemente ao erro.
Todos temos que vencer essas tendências para que evoluamos em direção à inexorável e inevitável comunhão Divina que se dará em nosso futuro. Cedo ou tarde, conforme nosso empenho e determinação no curso do Caminho da Luz.
Mas da árvore do conhecimento do bem e do mal, dela não comerás; por que no dia em que dela comeres, certamente morrerás.
Gênesis, 2:17.
Certamente muitas mortes físicas existem neste percurso, assim como muitas vidas físicas. Mas a vida eterna é uma só, a vida espiritual, para a qual a morte não existe.
A tese do pecado original é contraditória em sua essência já que um Ser Perfeito, Deus, não cobraria de toda a descendência o preço do pecado de um único pecador. Nem a justiça dos homens, plena de falhas e deficiências, permite que se cobre do filho a responsabilidade sobre atos ilícitos praticados pelo seu próprio pai.
Tal atitude atribuída a Deus é, na realidade, compatível com a limitação daqueles que foram responsáveis pela seleção e revisão dos Textos Sagrados. Indivíduos revestidos de poder político e religioso, mas ainda carentes, naquela época, de capacidade moral e intelectual para compreender a infinita bondade Divina.
A herança de Adão não é o pecado em si, mas sim a capacidade de lidar com novos conhecimentos, entendê-los e conscientemente optar pelo caminho longo ou curto. Isso se chama Livre Arbítrio.
Entendendo assim, somos levados a louvar a extensão e profundidade da Justiça Divina que nos permite entender nosso ambiente físico e social. Só seremos responsabilizados por nossas opções a partir do momento em que delas tornamo-nos plenamente conscientes.

Redimindo Eva.


Não podemos admitir como justa a imagem da mulher como o caminho de condução ao vício e ao erro. Seria uma visão limitada e limitante, aquém da capacidade e da real influência feminina na história da humanidade. Fato só aceitável para uma sociedade atrasada e altamente machista.
No contexto da Gênese bíblica a mulher representa o ambiente social, suas pressões e a repercussão desta na opção pelo bem ou mal. A família, a luta pela sobrevivência, o ambiente adverso e corrompido. E, paradoxalmente a Eva bíblica representa, também, o amor puro e fraternal.
São as forças que nos dirigem ora para "a porta larga" e ora para "a porta estreita". Forças essas que se aplicam conforme nossa predisposição mental.
As boas influências serão cultivadas pela nossa própria atitude diante dos fatos diários. Assim estaremos sintonizados com o bem e motivados para o bem em função de nossa opção fundamentalmente Cristã pelo ético.
Um texto alegórico contém ensinamentos que transcenderam milênios, por isso inferimos que seja um texto obtido sob inspiração Superior, já que permite que cada um, dentro de sua faixa de evolução, absorva o ensinamento com o qual sua mente é capaz de lidar.
A Luz Divina não ofusca, ilumina conforme a densidade da escuridão.

Giselle Fachetti Machado

endereço: http://www.apologiaespirita.org/
imagem: olhares.aeiou.pt

18 dezembro, 2011

Primeiro planeta parecido com a Terra é encontrato: Kepler 22-b

Cientistas confirmaram a existência de um planeta semelhante a Terra na “zona habitável” em torno de sua estrela mãe.
Kepler 22-b encontra-se cerca de 600 anos-luz de distância e tem cerca de 2,4 vezes o tamanho da Terra, com uma temperatura de cerca de 22 graus Celsius.
Kepler 22-b está 15% mais perto de seu sol do que a Terra está do nosso sol, e seu ano dura cerca de 290 dias. No entanto, a estrela do planeta anfitrião tem cerca de 25% menos luz, mantendo a temperatura do planeta amena o suficiente para apoiar a existência de água líquida.
Até agora, esse é o planeta mais próximo parecido com o nosso – uma “Terra 2.0″. O que os astrônomos ainda não sabem, no entanto, é se Kepler 22-b é feito principalmente de gás, rocha ou líquidos.
Kepler 22-b era um dos 54 candidatos a exoplanetas em zonas habitáveis relatados pela equipe de Kepler em fevereiro, e é apenas o primeiro a ser formalmente confirmado usando outros telescópios.
Mais “Terras 2.0″ podem ser confirmadas no futuro, apesar de que uma redefinição dos limites da zona habitável trouxe o número de 54 para 48. 10 deles são do tamanho da Terra.
Durante a conferência em que esse resultado foi anunciado, a equipe de Kepler também disse que avistou 1.094 novos candidatos a planetas. O número total de candidatos encontrados pelo telescópio está agora em 2.326 – dos quais 207 são aproximadamente do tamanho da Terra.
Os resultados sugerem que os planetas que vão desde o tamanho da Terra a cerca de quatro vezes o tamanho da Terra – os chamados “super Terras” – podem ser mais comuns do que se pensava.
O telescópio espacial Kepler foi projetado para olhar para uma faixa fixa do céu, para cerca de 150.000 estrelas. O telescópio é sensível o suficiente para ver quando um planeta passa na frente de sua estrela-mãe, escurecendo um pouco a luz da estrela.
Kepler identifica essas pequenas mudanças na luz das estrelas como candidatos a planetas, que são depois confirmados por observações de outros telescópios em órbita e na Terra.
Conforme os candidatos a planetas semelhantes à Terra são confirmados, a Busca por Inteligência Extraterrestre (Seti, na sigla em inglês) tem um foco mais estreito para sua caça.
“Esta é uma oportunidade excelente para observações”, disse Jill Tarter, do Seti. “Pela primeira vez, podemos apontar nossos telescópios para as estrelas sabendo que elas realmente hospedam sistemas planetários – incluindo pelo menos um que se aproxima da Terra na zona habitável em torno de sua estrela mãe”, completa.[BBC]

08 dezembro, 2011

A Origem de Urântia

A Origem de Urântia



AO OFERECER, para os anais de Urântia, estes excertos dos arquivos de Jerusém a respeito dos antecedentes e da história inicial deste planeta, fomos orientados a considerar o tempo em termos de uso corrente – segundo o calendário bissexto em uso, com 365¼ dias por ano. Via de regra, não será feita nenhuma tentativa de fornecer os anos com exatidão, embora isso esteja nos registros. Usaremos os números inteiros mais próximos como o melhor método de apresentar os fatos históricos.

Quando nos referirmos a um evento como tendo acontecido um ou dois milhões de anos atrás, temos a intenção de datar tal ocorrência com um número de anos a contar das primeiras décadas do século vinte da Era Cristã. Iremos, assim, descrever esses acontecimentos, distantes no tempo, como tendo ocorrido em períodos exatos, ou seja, em milhares, milhões e bilhões de anos.


1. A NEBULOSA DE ANDRONOVER

Urântia tem a sua origem no vosso sol, e o vosso sol é um dos produtos múltiplos da nebulosa de Andronover, que foi outrora organizada como sendo uma parte componente do poder físico e da substância material do universo local de Nebadon. E essa grande nebulosa, por sua vez, teve sua procedência na carga-força universal do espaço, no superuniverso de Orvonton, em uma época remota, bastante remota mesmo.

Esta narrativa inicia-se em um momento no qual os Mestres Primários Organizadores da Força do Paraíso já estavam, havia muito, com o pleno controle das energias-espaço, que mais tarde seriam organizadas para gerar a nebulosa de Andronover.

Há 987 bilhões de anos, o organizador da força associado, o inspetor de número 811 307 da série de Orvonton, então em exercício e que vinha de Uversa, reportou aos Anciães dos Dias que as condições do espaço eram favoráveis ao começo dos fenômenos de materialização em um certo setor do então segmento oriental de Orvonton.

Há 900 bilhões de anos, atestam os arquivos de Uversa, o Conselho de Equilíbrio de Uversa, emitiu uma permissão para o governo do superuniverso, autorizando-o a despachar um organizador de força com a sua assessoria para a região previamente designada pelo inspetor de número 811 307. As autoridades de Orvonton encarregaram o descobridor original desse universo potencial da execução do mandato dos Anciães dos Dias, que convocava a organização de uma nova criação material.

O registro dessa autorização significa que o organizador da força e seus assessores já haviam partido de Uversa na longa jornada até aquele setor espacial, no lado leste, onde eles, subseqüentemente, dedicar-se-iam às atividades prolongadas que culminariam na emergência de uma nova criação física em Orvonton.

Há 875 bilhões de anos, a enorme nebulosa de Andronover, de número 876 926, foi devidamente iniciada. Apenas a presença do organizador da força, e do seu pessoal de ligação, foi requisitada para desencadear o turbilhão de energia que finalmente se transformou nesse vasto ciclone de espaço. Subseqüentemente ao início dessas circunvoluções nebulares, os organizadores da força viva simplesmente se retiraram, saindo perpendicularmente ao plano do disco em circunvolução e, desse momento em diante, as qualidades inerentes da energia passaram a assegurar a evolução progressiva e ordenada desse novo sistema físico.

Nessa época, aproximadamente, a narrativa volta-se para o funcionamento das personalidades do superuniverso. Na realidade, a história tem o seu começo de verdade nesse ponto, justamente quando os organizadores da força do Paraíso preparam-se para a retirada, tendo deixado prontas as condições da energia-espaço para a ação dos diretores de potência e dos controladores físicos do superuniverso de Orvonton.


2. O ESTÁGIO PRIMÁRIO DA NEBULOSA

Todas as criações materiais evolucionárias nascem de nebulosas circulares e gasosas, e todas essas nebulosas primárias são circulares durante a primeira parte da sua existência gasosa. À medida que vão envelhecendo, elas geralmente adquirem a forma espiral e quando a sua função de formação solar chega ao fim, freqüentemente, elas terminam como acumulações de estrelas ou como enormes sóis cercados de um número variável de planetas, de satélites e de grupos menores de matéria, os quais, de muitos modos, se assemelham ao vosso diminuto sistema solar.

Há 800 bilhões de anos, a criação de Andronover estava bem estabelecida como uma das magníficas nebulosas primárias de Orvonton. Quando os astrônomos de universos próximos olharam para esse fenômeno do espaço, puderam notar pouco que chamasse a sua atenção. Os cálculos estimativos da gravidade, feitos em criações adjacentes, indicaram que materializações de espaço estavam ocorrendo nas regiões de Andronover, mas isso era tudo.

Há 700 bilhões de anos, o sistema de Andronover estava assumindo proporções gigantescas, e outros controladores físicos foram despachados para nove criações materiais circunvizinhas, a fim de propiciarem o apoio e a cooperação aos centros de potência desse novo sistema material, que estava evoluindo tão rapidamente. Nessa época longínqua, todo o material legado às criações subseqüentes estava sendo mantido dentro dos confins dessa gigantesca roda de espaço, que continuava sempre a girar e que, após alcançar o máximo do seu diâmetro, novia-se cada vez mais rapidamente enquanto continuava a condensar-se e a contrair-se.



Há 600 bilhões de anos, foi atingido o apogeu da mobilização de energia em Andronover; a nebulosa havia adquirido a sua massa máxima. Nessa época, ela era uma nuvem circular gigantesca de gás, com um formato como o de um esferóide achatado. Esse foi o período inicial de formação da massa diferencial e da velocidade variável de circunvolução. A gravidade e as outras influências estavam para iniciar o seu trabalho de conversão dos gases do espaço em matéria organizada.


3. O ESTÁGIO SECUNDÁRIO DA NEBULOSA

A enorme nebulosa agora começa gradualmente a assumir a forma de uma espiral e torna-se claramente visível, mesmo para os astrônomos de universos distantes. E a história natural da maioria das nebulosas é esta; antes de iniciarem o arrojamento sóis e o empreendimento do trabalho de construção de um universo, essas nebulosas espaciais secundárias em geral são vistas como fenômenos espirais.

Quando os estudantes de astronomia, de sistemas vizinhos, naquela era longínqua, observaram essa metamorfose da nebulosa de Andronover, eles divisaram exatamente o mesmo que os astrônomos do século vinte divisam quando, estes apontaram os seus telescópios para o espaço, e vêem as nebulosas espirais da idade presente no espaço exterior adjacente.

Por volta da época do alcance da sua massa máxima, o controle da gravidade do conteúdo gasoso começou a enfraquecer e sobreveio o estágio da fuga do gás; o gás escapava como dois braços gigantescos e distintos, tendo origem em lados opostos da massa-mãe. As rápidas revoluções desse enorme núcleo central logo conferiram uma aparência espiral a essas duas correntes de gás projetadas para fora. O resfriamento e a condensação subseqüente de partes desses braços protuberantes finalmente conferiram a eles a sua aparência nodosa. Essas partes mais densas eram vastos sistemas e subsistemas de matéria física girando no espaço em meio à nuvem gasosa da nebulosa, enquanto esta se mantinha seguramente dentro da atração da gravidade da roda-mãe.

Contudo, a nebulosa havia começado a contrair-se, e o acréscimo da sua velocidade de rotação reduzia ainda mais o controle da gravidade. Pouco tempo depois, as regiões gasosas exteriores começaram finalmente a escapar do abraço imediato do núcleo da nebulosa, passando ao espaço em circuitos de contornos irregulares, retornando às regiões nucleares para completar os seus circuitos, e assim sucessivamente. Mas isso foi apenas um estágio temporário de progressão nebular. A velocidade de giro, sempre crescente, logo fez com que enormes sóis fossem atirados ao espaço, em circuitos independentes.

E foi isso o que aconteceu com Andronover, em idades extremamente longínquas. A roda de energia cresceu mais e mais, até atingir a sua expansão máxima, e então, quando sobreveio a contração, ela girou cada vez mais rápido, até que, finalmente, o estágio centrífugo crítico foi alcançado e teve início a grande desagregação.

Há 500 bilhões de anos, nasceu o primeiro sol de Andronover. Este, como um raio flamejante, desprendeu-se da atração da gravidade materna e precipitou-se no espaço, em uma aventura independente no cosmo da criação. A sua órbita ficou determinada pela sua trajetória de escape. Esses jovens sóis rapidamente tornam-se esféricos e iniciam as suas carreiras longas e cheias de acontecimentos como estrelas do espaço. Excetuando-se aqueles vindos dos núcleos nebulares terminais, a grande maioria dos sóis de Orvonton teve um nascimento análogo. Esses sóis, que escapam desse modo, passam por períodos variados de evolução e de serviço posterior no universo.

Há 400 bilhões de anos, a nebulosa de Andronover iniciou o seu período de recaptação. Muitos dos sóis vizinhos e menores foram recapturados, como resultado do crescimento gradual e da condensação posterior do núcleo materno. Logo foi inaugurada a fase terminal da condensação nebular, período que sempre precede à desagregação final dessas imensas acumulações espaciais de energia e de matéria.

Foi cerca de um milhão de anos depois dessa época que Michael de Nebadon, um Filho Criador do Paraíso, escolheu essa nebulosa em desintegração como local para a sua aventura de construção de um universo. Quase imediatamente, foram iniciados os mundos arquitetônicos de Salvington e os cem grupos de planetas-sede das constelações. Quase um milhão de anos foram necessários para completar esses agrupamentos de mundos especialmente criados. Os planetas-sedes dos sistemas locais foram construídos durante um período que perdurou daquela época até cerca de cinco bilhões de anos atrás.

Há 300 bilhões de anos, os circuitos solares de Andronover achavam-se bem estabelecidos, e o sistema nebular estava passando por um período transitório de relativa estabilidade física. Nessa época, o corpo de assessores de Michael chegou a Salvington e o governo de Orvonton, em Uversa, deu reconhecimento à existência física do universo local de Nebadon.

Há 200 bilhões de anos, presenciou-se a progressão de contrações e de condensações com enorme geração de calor no agrupamento central de Andronover, ou da massa do seu núcleo. Um espaço relativo surgiu até mesmo nas regiões próximas da roda do sol materno central. As regiões exteriores estavam ficando mais estabilizadas e mais bem organizadas; alguns planetas, girando em torno dos sóis recém-formados, haviam resfriado-se suficientemente para tornarem-se adequados à implantação da vida. Os mais antigos planetas habitados de Nebadon datam dessas épocas.

Então, o mecanismo completo do universo de Nebadon começa a funcionar pela primeira vez, e a criação de Michael é registrada em Uversa, como um universo para ser habitado e para a ascensão mortal progressiva.

Há 100 bilhões de anos, o ápice nebular da tensão de condensação foi atingido; o ponto de tensão máxima de aquecimento alcançado. Esse estágio crítico de contenção do aquecimento-gravidade perdura por idades, algumas vezes, porém, mais cedo ou mais tarde, o calor vence a luta com a gravidade e o período espetacular de dispersão do sol tem início. E isso marca o fim da carreira secundária de uma nebulosa do espaço.


4. OS ESTÁGIOS TERCIÁRIO E QUATERNÁRIO

O estágio primário de uma nebulosa é circular; o secundário é espiral; o estágio terciário é o da primeira dispersão solar; enquanto o quaternário abrange o segundo e o último ciclo da dispersão solar, com o núcleo-mãe terminando como um agrupamento globular ou como um sol solitário que funciona tal qual um centro de um sistema solar terminal.

Há 75 bilhões de anos, essa nebulosa havia alcançado o apogeu do seu estágio de família solar. Foi então o ponto culminante do primeiro período de perdas solares. A maioria desses sóis, desde então, apoderou-se de vastos sistemas de planetas, satélites, ilhas escuras, cometas, meteoros e nuvens de pó cósmico.



Há 50 bilhões de anos, completava-se esse primeiro período de dispersão solar; a nebulosa terminava rapidamente o seu ciclo terciário de existência, durante o qual deu origem a 876 926 sistemas solares.

Há 25 bilhões de anos, presenciou-se o completar do ciclo terciário da vida da nebulosa, o que acarretou a organização e uma relativa estabilização dos vastos sistemas estelares derivados dessa nebulosa matriz. Todavia, o processo de contração física e produção crescente de calor continuou na massa central da nebulosa remanescente.

Há dez bilhões de anos, teve começo o ciclo quaternário de Andronover. A temperatura máxima da massa nuclear havia sido atingida; o ponto crítico de condensação aproximava-se. O núcleo materno original encontrava-se em convulsões, sob a pressão combinada da sua própria tensão de condensação de calor interno e da atração crescente da maré gravitacional do enxame de sistemas de sóis liberados. As erupções nucleares que estavam para inaugurar o segundo ciclo solar da nebulosa eram iminentes. O ciclo quaternário da existência nebular estava para começar.

Há oito bilhões de anos, uma imensa erupção terminal teve início. Apenas os sistemas exteriores ficaram a salvo no momento de um tal cataclismo cósmico. E esse foi o começo do fim da nebulosa. Por um período de quase dois bilhões de anos estendeu-se a fase final de emissão de sóis.

Há sete bilhões de anos, presenciou-se o ponto máximo da desagregação terminal de Andronover. Esse foi o período do nascimento de sóis terminais maiores e do ápice das perturbações físicas locais.

Há seis bilhões de anos, ficaram assinalados o fim da desagregação terminal e o nascimento do vosso sol, o qüinquagésimo sexto antes do último sol da segunda família solar de Andronover. Essa erupção final do núcleo nebular deu nascimento a 136 702 sóis, a maioria dos quais é de globos solitários. O número total de sóis e de sistemas solares a se originarem da nebulosa de Andronover foi de 1 013 628. O número do sol do vosso sistema solar é 1 013 572.

Na época atual, a grande nebulosa de Andronover já não existe mais, mas está presente nos muitos sóis e nas suas famílias planetárias que se originaram daquela nuvem-mãe do espaço. O remanescente nuclear final daquela nebulosa magnífica ainda arde com um brilho avermelhado e continua a emitir luz e calor moderados para as suas famílias planetárias remanescentes de cento e sessenta e cinco mundos, os quais agora giram em torno dessa mãe venerável de duas gerações poderosas de monarcas de luz.


5. ORIGEM DE MONMATIA – O SISTEMA SOLAR DE URÂNTIA

Há cinco bilhões de anos, o vosso sol era um globo em chamas, relativamente isolado, tendo atraído para si a maior parte da matéria que circulava na sua proximidade no espaço, resíduos do cataclismo recente que lhe havia dado origem.

Hoje, o vosso sol alcançou uma estabilidade relativa, mas os seus ciclos de onze anos e meio de manchas solares comprovam que foi uma estrela variável na sua juventude. Durante os tempos primitivos do vosso sol, as contrações continuadas e o aumento gradual conseqüente da temperatura deram início a convulsões tremendas na sua superfície. Tais alterações, de proporções titânicas, necessitaram de três dias e meio para completar um ciclo de brilho variável. Esse estado variável, essa pulsação periódica, tornou o vosso sol altamente sensível a certas influências exteriores, as quais ele iria em breve enfrentar.

Assim, ficou estabelecido o cenário do espaço local, para a origem singular de Monmatia, sendo este o nome da família planetária do vosso sol, o sistema solar ao qual o vosso mundo pertence. Menos de um por cento dos sistemas planetários de Orvonton teve uma origem similar.




Há quatro bilhões e meio de anos, o enorme sistema de Angona começou a aproximar-se da vizinhança do vosso sol, então solitário. O centro daquele grande sistema era um gigante escuro de espaço, sólido, altamente carregado e possuindo uma tremenda força de atração gravitacional.

À medida que Angona se aproximava mais do vosso sol, em momentos de expansão máxima, e durante as pulsações solares, correntes de material gasoso eram atiradas no espaço, como línguas solares gigantescas. Inicialmente, essas línguas flamejantes de gás invariavelmente caíam de volta no sol, mas, no momento em que Angona se aproximava mais e mais, a atração da gravidade do gigantesco visitante tornou-se tão intensa que essas línguas de gás quebravam-se em certos pontos, e as suas raízes caíam novamente no sol, enquanto as partes mais externas destacavam-se, formando corpos independentes de matéria, de meteoritos solares, que imediatamente começaram a girar em volta do sol, em suas órbitas elípticas próprias.

E à medida que o sistema de Angona se aproximava, as extrusões solares tornavam-se cada vez maiores; mais e mais matéria era retirada do sol e transformava-se em corpos circulantes, independentes, no espaço circunvizinho. Esse estado desenvolveu-se por cerca de quinhentos mil anos, até que Angona aproximou-se ao máximo do sol. Depois dessa aproximação, o sol, em conjunção com uma das suas periódicas convulsões internas, experimentou uma quebra parcial; e enormes volumes de matéria desprenderam-se simultaneamente de lados opostos dele. Do lado de Angona, foi sendo atraída uma vasta coluna de gases solares, pontiaguda em ambas as extremidades e com um bulbo protuberante no centro, que se destacou permanentemente do controle imediato da gravidade do sol.

Essa grande coluna de gases solares, que assim separou-se do sol, posteriormente converteu-se nos doze planetas do sistema solar. Os gases ejetados, por repercussão, do lado oposto do sol, devido à maré, que correspondeu à extrusão desse ancestral gigantesco do sistema solar, desde então se condensaram em meteoros e em poeira do espaço, no sistema solar, se bem que uma grande parte dessa matéria tivesse sido recapturada posteriormente por gravidade solar, à medida que o sistema de Angona foi afastando-se no espaço remoto.

Embora tenha conseguido êxito em extrair do sol o material ancestral dos planetas do sistema solar e o enorme volume de matéria que agora circula em volta do sol, como asteróides e meteoros, o sistema de Angona não assegurou, para si mesmo, nada dessa matéria solar. O sistema visitante não chegou perto o bastante para roubar de fato nada da substância do sol, mas aproximou-se o suficiente para atrair para o espaço intermediário todo o material que compreende o atual sistema solar.
Os cinco planetas internos e os cinco planetas mais externos logo se formaram, ainda em tamanho reduzido, da matéria resfriada e dos núcleos condensados nas extremidades de massa menor e mais afilada, do gigantesco bulbo provocado pela gravidade, que Angona conseguiu destacar do sol, enquanto Saturno e Júpiter formaram-se das partes centrais e de maior massa do bulbo. A poderosa atração da gravidade de Júpiter e de Saturno logo captou a maior parte do material roubado de Angona, o que é testemunhado pelo movimento retrógrado de alguns dos seus satélites.

Júpiter e Saturno, que são derivados do centro mesmo da enorme coluna de gases solares superaquecidos, continham tanto material solar altamente aquecido que brilharam com uma luz reluzente e emitiram enormes volumes de calor; eles foram, na realidade, sóis secundários, durante um curto período posterior às suas formações, como corpos separados no espaço. Esses dois planetas maiores do sistema solar permaneceram altamente gasosos até os dias atuais, não se tendo ainda resfriado até o ponto da completa condensação ou solidificação.

Os núcleos de contração de gás dos outros dez planetas logo atingiram o estágio de solidificação e, assim, começaram a atrair para si próprios quantidades cada vez maiores da matéria meteórica que circulava no espaço vizinho. Os mundos desse sistema solar, desse modo, tiveram uma dupla origem: núcleos de condensação de gás, mais tarde aumentados pela captação de quantidades enormes de meteoros. De fato, ainda continuam a captar meteoros, mas em quantidade bem mais reduzida.

Os planetas não giram em torno do sol no plano equatorial da sua mãe solar, o que fariam se houvessem sido expelidos na rotação do sol. Na verdade, eles circulam no plano da extrusão solar de Angona, que formava um ângulo considerável com o plano do equador do sol.

Embora Angona tivesse sido incapaz de captar qualquer coisa da massa solar, o vosso sol acrescentou à sua família planetária, em metamorfose, uma parte da matéria do sistema visitante que circulava no espaço. Devido ao intenso campo gravitacional de Angona, a sua família planetária tributária mantinha órbitas a distâncias consideráveis do gigante escuro; e pouco depois da extrusão da massa ancestral do sistema solar, enquanto Angona ainda estava na vizinhança do sol, três dos planetas maiores do sistema de Angona giravam tão próximos do maciço ancestral do sistema solar, que a sua atração gravitacional, aumentada pela do sol, foi suficiente para contrabalançar a atração da gravidade de Angona e para destacar permanentemente esses três tributários do visitante celeste.

Todo o material do sistema solar derivado do sol estava dotado de uma direção homogênea de giro orbital e, não fora pela intrusão desses três corpos espaciais estrangeiros, todo esse material do sistema solar estaria ainda mantendo a mesma direção de movimento orbital. O que aconteceu foi que o impacto dos três tributários de Angona injetou novas forças direcionais exteriores ao sistema solar emergente, com o resultante aparecimento de um movimento retrógrado. Um movimento retrógrado, em qualquer sistema astronômico, é sempre acidental e surge sempre como resultado do impacto de colisão com corpos espaciais vindos de fora. Tais colisões podem nem sempre produzir o movimento retrógrado, mas nenhum movimento retrógrado jamais aparece, a não ser em um sistema que contenha massas de origens diversas.


6. O ESTÁGIO DO SISTEMA SOLAR – A ERA DE FORMAÇÃO DO PLANETA

Depois do nascimento do sistema solar, seguiu-se um período de diminuição do derrame solar. Decrescentemente, durante outros quinhentos mil anos, o sol continuou a derramar volumes sempre mais reduzidos de matéria no espaço adjacente. Mas, durante essas etapas primordiais de órbitas erráticas, quando os corpos circundantes aproximaram-se ao máximo do sol, o sol-mãe foi capaz de recapturar uma grande porção desse material meteórico.

Os planetas mais próximos do sol foram os primeiros a ter as suas rotações desaceleradas pela fricção devida ao efeito maré-da-gravidade. Essas influências gravitacionais contribuem também para a estabilização das órbitas planetárias, pois atuam como um freio sobre a velocidade de rotação em torno do eixo planetário, levando um planeta a girar sempre mais devagar, até que essa rotação axial cesse, deixando um hemisfério do planeta sempre voltado para o sol ou para o corpo maior, como é ilustrado pelo planeta Mercúrio e pela Lua, que sempre giram com a mesma face voltada para Urântia.

Quando as fricções do tipo maré, tornarem-se uniformizadas na Terra e na Lua, a Terra irá sempre voltar o mesmo hemisfério para a Lua e o dia e o mês serão análogos – com uma duração em torno de 47 dias. Ao atingir essa estabilidade de órbitas, as fricções do tipo maré reverterão a sua ação, não mais tendendo a afastar a Lua da Terra, mas gradualmente atraindo o satélite na direção do planeta. E então, naquele futuro distante, quando a Lua chegar à distância de cerca de dezoito mil quilômetros da Terra, a ação da gravidade desta última provocará um colapso da Lua, pois uma explosão causada pela maré-da-gravidade levará a Lua a despedaçar-se em pequenas partículas, que poderão reunir-se em torno do mundo, como anéis de matéria, semelhantes aos de Saturno, ou então, talvez, caindo gradualmente na Terra, como meteoros.

Se os corpos espaciais tiverem tamanhos e densidades semelhantes, poderão ocorrer colisões. Contudo, se dois corpos espaciais de densidades semelhantes forem relativamente desiguais em tamanho, e o menor aproximar-se progressivamente do maior, a ruptura do corpo menor ocorrerá quando o raio da sua órbita tornar-se duas vezes e meia menor que o raio do corpo maior. As colisões entre os gigantes do espaço, na verdade, são raras; contudo as explosões de corpos menores causadas pela maré-da-gravidade são muito comuns.

As estrelas cadentes ocorrem em enxames, porque elas são os fragmentos de corpos maiores de matéria deslocados pela maré-da-gravidade exercida por corpos circunvizinhos ainda maiores. Os anéis de Saturno são os fragmentos de um satélite pulverizado. Uma das luas de Júpiter, no presente, está aproximando-se perigosamente da zona crítica de fraturamento, por causa do efeito da maré, e, dentro de uns poucos milhões de anos, ou será absorvida pelo planeta, ou será submetida aos efeitos fragmentadores da maré-da-gravidade. O quinto planeta do sistema solar, em um tempo muito remoto, viajava em uma órbita irregular, periodicamente aproximando-se mais e mais de Júpiter, até que entrou na zona crítica de fragmentação, por causa da maré-da-gravidade, e foi fragmentado, rapidamente, convertendo-se no atual cinturão de asteróides.



Há quatro bilhões de anos, presenciou-se a organização dos sistemas de Júpiter e de Saturno, quase como são observados hoje, à exceção das suas luas, que continuaram a ter o seu tamanho aumentado durante vários bilhões de anos. De fato, todos os planetas e satélites desse sistema solar estão ainda crescendo, por causa de uma contínua captação de meteoros.

Há três bilhões e meio de anos, os núcleos de condensação dos outros dez planetas estavam bem formados, e os núcleos da maioria das luas estavam intactos, embora alguns dos satélites menores se hajam unido, mais tarde, para formar as luas atuais maiores. Essa idade pode ser considerada a era da formação planetária.

Há três bilhões de anos, o sistema solar estava funcionando quase como o faz hoje. Os seus membros continuavam a aumentar em tamanho, à medida que, em um ritmo prodigioso, os meteoros do espaço afluíam aos planetas e aos seus satélites.

Por volta dessa época, o vosso sistema solar estava colocado no registro físico de Nebadon e tinha já o seu nome, Monmatia.

Há dois bilhões e meio de anos, os planetas haviam aumentado imensamente o seu tamanho. Urântia era uma esfera bem desenvolvida, com cerca de um décimo da sua massa atual e estava ainda crescendo rapidamente por absorção de meteoros.

Toda essa tremenda atividade é uma parte normal da edificação de um mundo evolucionário da ordem de Urântia e constitui a parte preliminar astronômica para o estabelecimento do cenário que é o começo da evolução física dos mundos do espaço, na preparação para as aventuras da vida no tempo.


7. A ERA METEÓRICA – A ERA VULCÂNICA – A ATMOSFERA PLANETÁRIA PRIMITIVA

Durante esses tempos primitivos, as regiões do espaço do sistema solar estavam repletas de corpos diminutos, de fragmentações e condensação, e, na ausência de uma atmosfera protetora de combustão, esses corpos do espaço colidiam diretamente com a superfície de Urântia. Tais impactos incessantes mantinham a superfície do planeta mais ou menos aquecida, e isso, junto com a ação crescente da gravidade, à medida que a esfera ficava maior, começou a colocar em operação aquelas influências que gradualmente levaram os elementos mais pesados, como o ferro, a acumularem-se mais e mais no centro do planeta.

Há dois bilhões de anos, a Terra, decididamente, começou a avantajar-se em relação à Lua. O planeta sempre tinha sido maior do que o seu satélite, mas não havia tanta diferença entre os seus tamanhos até por volta dessa época, quando enormes corpos espaciais foram captados pela Terra. Urântia, então, tinha um quinto do seu tamanho atual e tornava-se grande o suficiente para manter a atmosfera primitiva que havia começado a surgir, como resultado do confronto elementar entre o interior aquecido e a crosta exterior que se resfriava.

A atividade vulcânica definida data desses tempos. O calor interno da Terra continuava a aumentar pelo mergulho cada vez mais fundo dos elementos radioativos, ou mais pesados, trazidos do espaço pelos meteoros. O estudo desses elementos radioativos revelará que Urântia, na sua superfície, tem mais de um bilhão de anos de idade. O relógio radioativo é o vosso indicador temporal mais confiável para obter as estimativas científicas da idade do planeta, mas todos esses cálculos resultam por demais superficiais, porque os materiais radioativos, disponíveis para a vossa pesquisa, derivam completamente da superfície terrestre e, portanto, representam aquisições relativamente recentes desses elementos por parte de Urântia .

Há um bilhão e meio de anos, a Terra possuía dois terços do seu tamanho atual, enquanto a Lua estava próxima da massa que hoje apresenta. Se comparado ao da Lua, o rápido aumento da Terra, em tamanho, capacitou-a a começar a roubar aos poucos a escassa atmosfera que o seu satélite possuía originalmente.

A ação vulcânica nesse período atinge o seu apogeu. Toda a Terra, então, é um verdadeiro inferno de fogo; a superfície assemelha-se ao seu estado de fusão anterior, antes que os metais mais pesados tivessem ido para o centro por força da gravidade. Essa é a idade vulcânica. Contudo, uma crosta constituída principalmente de granito, relativamente mais leve, forma-se aos poucos. O cenário vai sendo estabelecido para que o planeta possa um dia sustentar a vida.

A atmosfera primitiva do planeta evolui vagarosamente, agora contendo um pouco de vapor de água, monóxido de carbono, dióxido de carbono e cloreto de hidrogênio; mas com pouco ou nenhum nitrogênio e oxigênio livres. A atmosfera de um mundo na idade vulcânica apresenta um espetáculo estranho. Além dos gases acima mencionados, ela é pesadamente carregada pelos numerosos gases vulcânicos, e, à medida que o cinturão de ar amadurece, também é carregada pelos produtos da combustão de pesadas chuvas meteóricas que constantemente se abatem sobre a superfície do planeta. Essa combustão meteórica mantém o oxigênio atmosférico em um nível de quase exaustão e o bombardeamento meteórico ainda é tremendo.

Com o tempo, a atmosfera tornou-se mais estabilizada e resfriada o suficiente para dar início à precipitação de chuva sobre a superfície rochosa quente do planeta. Durante milhares de anos, Urântia permaneceu envolvida por uma imensa e contínua camada de vapor. E nessas idades, o sol nunca brilhou sobre a superfície da Terra.

Uma grande parte do carbono da atmosfera consistiu no substrato para formar os carbonatos dos vários metais que abundavam nas camadas superficiais do planeta. Mais tarde, quantidades maiores desses gases carbônicos foram consumidos pela vida vegetal primitiva que proliferava.

Os fluxos contínuos de lava e os meteoros que caíam, mesmo nos períodos ulteriores, esgotavam quase completamente o oxigênio do ar. E, inclusive, os primeiros depósitos dos oceanos primitivos, logo depois de surgidos não continham nenhuma pedra colorida, nem xistos. Durante um longo tempo após o surgimento do oceano não havia virtualmente nada de oxigênio livre na atmosfera; e não surgiu em quantidades significativas até ter sido mais tarde gerado pelas algas marinhas e outras formas de vida vegetal.

A atmosfera planetária primitiva da idade vulcânica oferece pouca proteção contra os impactos por colisão dos enxames meteóricos. Milhões e milhões de meteoros são capazes de penetrar nesse cinturão de ar, esmagando-se contra a crosta do planeta como corpos sólidos. À medida que passa o tempo, porém, um número cada vez menor de meteoros revela-se de tamanho suficiente para resistir ao escudo de fricção, cada vez mais forte, da atmosfera sempre mais rica em oxigênio nessas eras mais recentes.


8. A ESTABILIZAÇÃO DA CROSTA TERRESTRE

Há um bilhão de anos, deu-se o começo efetivo da história de Urântia. O planeta havia atingido aproximadamente o seu tamanho atual. E, por volta dessa época, foi colocado nos registros físicos de Nebadon e lhe foi dado o seu nome: Urântia.

A atmosfera, junto com uma contínua precipitação de umidade, facilitava o resfriamento da crosta terrestre. A ação vulcânica logo equalizou a pressão do calor interno e a contração da crosta; e, quando a atividade vulcânica decresceu rapidamente, os terremotos surgiram, enquanto isso progredia o período de resfriamento e de ajustamento da crosta.

A história geológica efetiva de Urântia começa quando a crosta terrestre se resfria suficientemente para permitir a formação do primeiro oceano. A condensação do vapor de água na superfície em resfriamento da Terra, uma vez iniciada, continuou virtualmente até completar-se. Ao fim desse período, o oceano recobria todo o planeta com uma profundidade média de quase dois quilômetros. As marés movimentavam-se então quase como o que se observa atualmente, mas esse oceano primitivo não era salgado; praticamente consistia numa cobertura de água doce por todo o mundo. Naqueles dias, a maior parte do cloro estava combinada com vários metais, mas havia o suficiente, em combinação com o hidrogênio, para tornar essa água levemente ácida.

No princípio dessa era longínqua, Urântia deve ser vista como um planeta coberto de água. Mais tarde, fluxos de lava mais profundos e, portanto, mais densos afloraram do fundo do que é o oceano Pacífico atual, e essa parte da superfície coberta de água tornou-se uma depressão considerável. A primeira massa de terra continental emergiu do oceano mundial em um ajuste que restabelecia o equilíbrio da crosta terrestre, a qual se tornava gradativamente mais espessa.

Há 950 milhões de anos, Urântia apresenta o quadro de um grande continente de terra, cercado por uma vasta extensão de água, o oceano Pacífico. Os vulcões ainda são numerosos e os terremotos tão freqüentes quanto graves. Os meteoros continuam a bombardear a Terra, mas vão diminuindo, quanto à freqüência e tamanho. A atmosfera se limpa, mas a quantidade de dióxido de carbono continua elevada. A crosta terrestre estabiliza-se gradativamente.

Por volta dessa época Urântia foi designada para o sistema de Satânia, quanto à administração planetária, tendo sido colocada no registro de vida de Norlatiadeque.

Então começou o reconhecimento administrativo da pequena e insignificante esfera, destinada a ser o planeta no qual, subseqüentemente Michael engajar-se-ia no empreendimento estupendo da auto-outorga mortal, participando das experiências que levaram Urântia a tornar-se localmente conhecida desde então como o "mundo da cruz".

Há 900 milhões de anos Urântia presenciou a chegada do primeiro grupo de exploração de Satânia, enviado de Jerusém, para examinar o planeta e elaborar um relatório sobre a sua adaptabilidade de transformar-se numa estação de vida experimental. Essa comissão constituída de vinte e quatro membros, abrangia Portadores da Vida, Filhos Lanonandeques, Filhos Melquisedeques, serafins e outras ordens de vida celeste, vinculadas à organização e administração inicial dos planetas.

Após efetuar uma pesquisa cuidadosa no planeta, essa comissão retornou a Jerusém e apresentou um relatório favorável ao Soberano do Sistema, recomendando que Urântia fosse colocada no registro de vida experimental. O vosso mundo foi, desse modo, registrado em Jerusém como um planeta decimal, e os Portadores da Vida foram notificados de que lhes seria dada a permissão para instituir novos modelos de mobilização mecânica, química e elétrica, assim que, em um momento subseqüente, eles chegassem com os mandatos de transplantação e implantação da vida.

No tempo devido, as medidas para a ocupação planetária foram tomadas pela comissão mista dos doze de Jerusém e aprovadas pela comissão planetária dos setenta de Edêntia. Esses planos, propostos pelos conselheiros assessores dos Portadores da Vida, finalmente foram aceitos em Salvington. Logo depois, as teledifusões de Nebadon divulgaram o anúncio de que Urântia tornar-se-ia um cenário onde os Portadores da Vida iriam executar o seu sexagésimo experimento em Satânia, destinado a ampliar e a melhorar o tipo Satânia de modelos de vida de Nebadon.

Pouco tempo depois de Urântia haver sido reconhecida pela primeira vez por intermédio das transmissões universais a todo Nebadon, foi-lhe conferido o status pleno de aceitação no universo. Logo depois, foi registrada nos arquivos dos planetas-sedes do setor menor e do setor maior do superuniverso; e, antes que essa idade terminasse, Urântia havia entrado no registro da vida planetária em Uversa.

Toda essa idade ficou caracterizada por tempestades freqüentes e violentas. A crosta inicial da Terra estava em um estado de fluência contínua. O resfriamento superficial alternava-se com imensos fluxos de lava. Em nenhum lugar podia ser encontrado, superficialmente, nada que fosse da crosta original do planeta. Tudo estava sendo misturado, muitas vezes, às lavas de origens profundas em extrusão e de novo juntado aos depósitos subseqüentes do oceano primitivo, que abrangia todo o mundo.



Em nenhum lugar, na superfície do mundo, serão encontradas mais das remanescentes modificadas dessas antigas rochas pré-oceânicas, do que no nordeste do Canadá, perto da baía de Hudson. Aquela extensa elevação granítica é composta de pedra que pertence às idades pré-oceânicas. As suas camadas de rocha foram aquecidas, dobradas, torcidas e, de novo recurvadas e, ainda uma vez mais, se submetendo a todas essas experiências metamórficas de deformação.

Ao longo das idades oceânicas, depositaram-se enormes camadas de pedra estratificada, livre de fossilizações, sobre esse antiqüíssimo fundo de oceano (a pedra calcária pode formar-se como resultado de uma precipitação química; nem todo o calcário mais antigo foi produzido por depósito de vida marinha). Em nenhuma dessas antigas formações rochosas serão encontradas evidências de vida; elas não contêm fósseis, a não ser que, por acaso, depósitos mais recentes, da idade das águas, se hajam misturado a essas camadas mais antigas, anteriores à vida.

A crosta inicial da Terra era altamente instável, mas as montanhas não estavam em processo de formação. O planeta contraiu-se sob a pressão da gravidade enquanto se formava. As montanhas não são o resultado do colapso da crosta em resfriamento, em uma esfera em contração; elas surgem mais tarde, como resultado da ação da chuva, da gravidade e da erosão.

A massa continental terrestre dessa era foi aumentando, até que cobriu quase dez por cento da superfície da Terra. Os terremotos graves só tiveram início depois que a massa continental de terra emergiu até bem acima do nível da água. Uma vez iniciados, eles aumentaram em freqüência e severidade, por idades sucessivas. Durante milhões e milhões de anos, os terremotos foram diminuindo, mas Urântia ainda apresenta uma média de quinze tremores por dia.

Há 850 milhões de anos, teve início a primeira época de estabilização real da crosta da Terra. A maior parte dos metais mais pesados se havia assentado na direção do centro do globo; a crosta em resfriamento havia deixado de recalcar-se em uma escala tão extensa quanto nas idades anteriores. Ficou estabelecido um melhor equilíbrio entre a extrusão de terra e o leito mais pesado do oceano. O fluxo do leito de lava sob a camada da crosta tomou quase uma dimensão mundial, e isso compensou e estabilizou as flutuações causadas ao resfriamento, contração e deslizamentos superficiais.

A freqüência e a severidade das erupções vulcânicas e dos terremotos continuaram a diminuir. A atmosfera estava limpando-se dos gases vulcânicos e do vapor de água, mas a porcentagem de dióxido de carbono ainda era alta.

As perturbações elétricas no ar e na terra também diminuíam. Os fluxos de lava haviam trazido à superfície uma mistura de elementos que diversificavam a crosta e isolavam melhor o planeta, de algumas das energias do espaço. E tudo isso foi muito útil para facilitar o controle da energia terrestre e estabilizar o seu fluxo, o que é revelado pelo funcionamento dos pólos magnéticos.

Há 800 milhões de anos, presenciou-se a inauguração da primeira grande época do solo firme, a idade da emergência crescente dos continentes.

Desde a condensação da hidrosfera terrestre, inicialmente em um oceano mundial e subseqüentemente no oceano Pacífico, deve-se ter em conta que este último corpo de água então cobria nove décimos da superfície da Terra. Os meteoros, caindo no mar, acumularam-se no fundo dos oceanos; e, de um modo geral, os meteoros são compostos de materiais pesados. Aqueles que caíam em terra eram, em boa medida, oxidados e subseqüentemente desgastados pela erosão e, ainda, arrastados como aluviões até as bacias do oceano. Assim, o fundo do oceano tornou-se cada vez mais pesado e, acrescentado a isso havia o peso de um corpo de água de cerca de quinze quilômetros de profundidade, em alguns pontos.

O crescente peso do oceano Pacífico continuou a agir no sentido de levantar a massa continental de Terra. A Europa e a África começaram a emergir das profundezas do Pacífico e, concomitantemente, também emergiram aquelas massas atualmente chamadas de Austrália, América do Norte e do Sul, e o continente da Antártida; enquanto o leito do oceano Pacífico iniciou mais um afundamento compensatório. Ao fim desse período, quase um terço da superfície do planeta consistia em terras, todas em um único corpo continental.

Com esse aumento na elevação das terras, apareceram as primeiras diferenças climáticas no planeta. A elevação das terras, as nuvens cósmicas e as influências oceânicas foram as causadoras principais das flutuações climáticas. A espinha dorsal da massa de terra asiática alcançou uma altitude de quase quinze mil metros, na época da emergência máxima das terras. Tivesse havido muita umidade no ar, flutuando sobre essas regiões sumamente elevadas, e enormes capas de gelo ter-se-iam formado;

a idade do gelo teria chegado muito antes. Centenas de milhões de anos se passariam antes que tanta terra de novo surgisse acima da água.

Há 750 milhões de anos, surgiram as primeiras fendas na massa de terra continental, como a grande fenda separando o norte e o sul, a qual mais tarde foi preenchida pelas águas do oceano e preparou o caminho para o movimento no sentido oeste dos continentes da América do Norte, inclusive a Groenlândia e da América do Sul. A longa falha leste-oeste separou a África da Europa, distanciando do continente asiático as massas de terra da Austrália, das ilhas do Pacífico, e da Antártida.

Há 700 milhões de anos, Urântia estava aproximando-se da maturidade em termos de condições necessárias à manutenção da vida. Os movimentos dos continentes continuavam; o oceano penetrava cada vez mais nas terras, formando longos dedos de mar e criando aquelas águas rasas e abrigadas, das baías, que são tão adequadas como habitat da vida marinha.

Há 650 milhões de anos, presenciou-se mais uma separação das massas terrestres e, como conseqüência, mais uma expansão dos mares continentais. E essas águas estavam rapidamente atingindo aquele grau de salinidade essencial à vida de Urântia.

Esses mares e os seus sucessores estabeleceram os registros de vida em Urântia, como foi subseqüentemente descoberto em páginas de pedra bem conservadas, volume sobre volume, à medida que uma era sucedeu à outra era, e uma idade à outra idade. Na realidade esses mares internos das épocas remotas foram os berços da evolução.


[Apresentado por um Portador da Vida, membro do Corpo original de Urântia e, atualmente, observador residente.]

Fonte: Minha Mestria

29 agosto, 2011

doutrinas espiritualistas tanbem chamadas esotéricas:

                  Compilado por Beraldo Lopes Figueiredo

 116 - ESOTERISMO:
Esoterismo é o nome genérico que designa um conjunto de tradições e interpretações filosóficas das doutrinas e religiões que buscam desvendar seu sentido oculto. O esoterismo é o termo para as doutrinas cujos princípios e conhecimentos não podem ou não devem ser "vulgarizados", sendo comunicados a um restrito número de discípulos escolhidos.

Segundo Blavatsky, criadora da moderna Teosofia, o termo "esotérico" refere-se ao que está "dentro", em oposição ao que está "fora" e que é designado como "exotérico". Designa o significado verdadeiro da doutrina, sua essência, em oposição aoexotérico que é a "vestimenta" da doutrina, sua "decoração".
Também segundo Blavatsky, todas as religiões e filosofias concordam em sua essência, diferindo apenas na "vestimenta", pois todas foram inspiradas no que ela chamou de "Religião-Verdade".

Um sentido popular do termo é de afirmação ou conhecimento enigmático e impenetrável. Hoje em dia o termo é mais ligado ao misticismo, ou seja, à busca de supostas verdades e leis últimas que regem todo o universo, porém ligando ao mesmo tempo o natural com o sobrenatural.
Muitas doutrinas espiritualistas são também chamadas esotéricas:

Cristianismo Esotérico
Eubiose
Gnose
Misticismo
Ocultismo
Projeciologia
Rosacruz
Biopsicoenergética
Teosofia
Vajrayana
Mentalismo
Martinismo
Círculo Esotérico Comunhão do Pensamento
Grande Fraternidade Branca (GFB)

116.1 - MARTINISMO

São denominados de Martinistas discípulos ou seguidores de deMartinez de Pasqually e os de Louis Claude de Saint-Martin.

Cada qual gerou uma teoria. Apesar da base de ambas teorias serem coincidentes, uma diferença profunda separa as duas escolas.

A escola de Martinez, restringiu-se à Teurgia, à prática operativa, enquanto que a escola de Louis Claude de Saint-Martin estendeu-se à chamada senda mística ou cardíaca.

A Tradicional Ordem Martinista é uma Ordem iniciática cujo objetivo essencial é perpetuar o esoterismo judaico-cristão. Os martinistas estudam a história do ser humano, desde sua emanação a partir da Imensidade Divina até sua condição atual, bem como as relações que o ligam a Deus e à natureza. Pois, segundo o Filósofo Desconhecido, “... só nos podemos ler no Próprio Deus e nos compreender em Seu Próprio esplendor...”. O homem cometeu o erro de se afastar de Deus e cair no mundo material. Ao fazer isso, de certo modo adormeceu para o mundo espiritual e seu Templo Interior está em ruína. Ele deve então reconstruí-lo, pois se perdeu seu poder original, conserva no entanto seu germe e só a ele compete fazê-lo frutificar.

Em “O Ministério do Homem-Espírito”, Saint-Martin nos diz: “Homem, lembra-te por um instante do teu julgamento. Por um momento quero de bom grado te desculpar por ainda desconheceres o destino sublime que terias a cumprir no universo; mas pelo menos não deverias ser cego ao papel insignificante que nele cumpres durante o curto intervalo que percorres desde o teu berço até o teu túmulo. Lança um olhar sobre o que te ocupa durante esse trajeto. Poderias acaso crer que teria sido para um destino tão nulo que te verias dotado de faculdades e propriedades tão importantes?” Reencontrar esse estado paradisíaco que dele fazia um Pensamento, uma Palavra e uma Ação de Deus, tal é a busca martinista, a busca da “Reintegração”.
Fonte: Wikipédia
116.2 - MENTALISMO

MENTALISTA NÃO É PARANORMAL NEM MÁGICO ILUSIONISTA

A Paranormalidade é definida como a capacidade que algumas pessoas têm, ou dizem ter, relativa a poderes que vão além dos cinco sentidos;

Um mágico ilusionista se define como o artista que "produz" efeitos espantosos, grandes ou pequenos, através da ilusão dos sentidos de seus espectadores;

Ao passo que Mentalista é qualquer pessoa (qualidade normal) que tomou conhecimento de que pode mudar os fatos da sua realidade imediata, mudando seus próprios pensamentos, e põe em prática tal qualidade.

A confusão entre Mentalismo, Paranormalidade e Ilusionismo, tem levado pesquisadores sérios a tentar diminuir a importância de se ter pensamentos positivos; mas estes são fundamentais para evitar as conseqüências desastrosas que acompanham o hábito de alimentar pensamentos negativos.
MENTALISTA LIDA COM REALIDADES

Um Mentalista é todo ser humano que usa conscientemente os poderes de sua mente para alterar sua realidade de saúde, bem-estar, relacionamentos e meio ambiente. Não pode jamais ser confundido com Ilusionismo, que é a técnica utilizada por mágicos de palco para iludir os sentidos dos espectadores, nem com paranormalidade que é a capacidade que algumas pessoas têm, ou dizem ter, relativa a poderes que vão além dos cinco sentidos.

Mentalismo não é ilusionismo. Gostaria que fosse divulgado que o uso da palavra MENTALISMO é inadequado para a prática de ilusionismo. A prática de mágica ilusionista não tem nada a ver com mentalismo nem com "magick".

A mágica ilusionista lida com a capacidade (admirável, diga-se de passagem) que o mágico tem de enganar os sentidos dos espectadores.

O Mentalismo é idéia criada há muito, pois os antigos já diziam (com Hermes Trismegisto) que "O Universo é Mental" sendo isto considerado o Princípio do Mentalismo, portanto, a mágica dos mágicos é outra coisa.

Se não fosse assim poderíamos chamar de "mentalista" o menino que compra numa loja alguns truques e passa a divertir seus coleguinhas.
Claro que não podemos comparar os Coperfields e Kardinis da vida com meninos, e eles são também mentalistas, quando usam o poder da mente para produzir efeitos materiais reais, mas a prática de suas mágicas não é Mentalismo, e sim, ilusão dos sentidos.

Mentalismo, enquanto tradução, ou versão, do Universo no nosso ambiente através da Mente, não é ilusão: é o reconhecimento da realidade transcendental, já delineado há muito por esotéricos, filósofos e alguns religiosos.
Fonte: http://www.mentalismo.net
Fonte: Wikipédia
116.3 - MISTICISMO

Misticismo (do grego μυστικός, mystikos, um início de um mistério religioso) é a busca da comunhão com a identidade, com, consciente ou consciência de uma derradeira realidade, divindade, verdade espiritual, ou Deus através da experiência direta ou intuitiva.

Do livro de Jakob Böhme "O Príncipe dos Filósofos Divinos", o Misticismo se define por: o Misticismo, em seu mais simples e essencial significado, é um tipo de religião que enfatiza a atenção imediata da relação direta e íntima com Deus,ou com a espiritualidade, com a consciência da Divina Presença. É a religião em seu mais apurado e intenso estágio de vida. O iniciado que alcançou o "segredo" foi chamado um místico. Os antigos cristãos empregavam a palavra "contemplação" para designar a experiência mística.


"O místico é aquele que aspira a uma união pessoal ou a unidade com o Absoluto, que ele pode chamar de Deus, Cósmico, Mente Universal, Ser Supremo, etc. (Lewis, Ralph M).

Visão geral:
A palavra "místico" era empregada pela primeira vez no Mundo Ocidental, nos escritos atribuídos a "Dionysius, o Aeropagite", que apareceu no final do século V. Dionysius empregou a palavra para expressar um tipo de"Teologia", mais do que uma experiência. Para ele e para muitos intérpretes, desde então, o Misticismo se baseava em uma teoria ou sistema religioso que concebe Deus como absolutamente transcendente, além da Razão, do pensamento, do intelecto e de todos os processos mentais.

A palavra, desde então, tem sido usada para os tipos de "conhecimento" esotérico e teosófico, não suscetiveis de verificação. A essência do misiticismo é a experiência da comunicação direta com Deus.

A palavra Misticismo tem origem no idioma Grêgo μυστικός = "iniciado" (nos "Mistérios de Eleusinian", μυστήρια = "mistérios", referindo-se as "Iniciações") é a busca para alcançar comunhão ou identidade consigo mesmo, lucidez ou consciência da realidade última, do divino, Verdade espiritual, ou Deus através da experiência direta, intuição, ou insight; e a crença que tal experiência é uma fonte importante de conhecimento, entendimento e sabedoria. As tradições podem incluir a crença na existência literal de realidades empíricas, além da percepção, ou a crença que uma verdadeira percepção humana do mundo trancenda o raciocínio lógico ou a compreensão intelectual.

O termo "Misticismo" é freqüentemente usado para se referir a crenças que são externas a uma religião ou corrente principal, mas relacionado ou baseado numa doutrina religiosa da corrente principal. Por exemplo, Kabala é a seita mística dominante do judaísmo, Sufismo é a seita mística do Islã, e Gnosticismo refere geralmente a várias seitas místicas que surgiram como alternativas ao cristianismo. Enquanto religiões do Oriente tendem a achar o conceito de Misticismo redundante, e o conhecimento tradicional e ritual são considerados como Esotericos, por exemplo, Vajrayana e Budismo.


Definição:
Uma definição de Misticismo não poderia ser ao mesmo tempo significativa e de abrangência suficientemente para incluir todos os tipos de experiências que têm sido descritas como "místicas".

Por definição natural, Misticismo é a prática, estudo e aplicação das leis que unem o homem à Natureza e a Deus.

Desta forma, a Mística se distingue da Religião por referir-se à experiência direta e pessoal, com a divindade, com o transcendente, sem a necessidade de intermediários, dogmas ou de uma Teologia.


Na teologia
Conjunto de práticas religiosas que levam à contemplação dos atributos divinos. Estado natural ou disposição para as coisas místicas, religiosas; religiosidade.


Conceito externo (exotérico):
 substantivo masculino
1      inclinação para acreditar em forças e entes sobrenaturais e preocupar-se com eles, em detrimento das explicações racionais e científicas; credulidade.
2      crença de que o ser humano pode comunicar-se com a divindade ou receber dela sinais ou mensagens.
3      tendência para assimilar e incorporar, com intensidade, à sua forma de pensar os ensinamentos religiosos, esp. os mais abstratos e que se afastam da vida terrena; religiosidade.
4      atitude mental, baseada mais na intuição e no sentimento do que no conhecimento racional, que busca, em última instância, a união íntima e direta do homem com a divindade; misticidade.
5      maneira de compreender e de realizar a experiência mística
Ex.: m. ortodoxo da Igreja antiga.
6      intensa fé e devoção religiosa, freq. exacerbadas, com traços de sentimentalismo ou romantismo.
7      tendência para a vida contemplativa; ascetismo
8      crença tão cega em (algo), que se aproxima do fanatismo
9      o elemento sobrenatural de uma doutrina, teoria, ensinamento etc.
Ex.: o número sete era muito freqüente no m. antigo
Fonte: Wikipédia
116.4 - OCULTISMO

Muitas vezes um ocultista é referenciado como um mago. Alguns acreditam que estes antigos Magos já conheciam a maior parte das descobertas da ciência contemporânea e até além delas, tornando estas descobertas meros achados.

Na ciência oculta, a palavra oculto refere-se a um "conhecimento não revelado" ou "conhecimento secreto", em oposição ao "conhecimento ortodoxo" ou que é associado à ciência convencional. Para as pessoas que seguem aprofundando seus estudos pessoais de filosofia ocultista, o conhecimento oculto é algo comum e compreensivel em seus símbolos, significados e significantes. Este mesmo conhecimento "não revelado" ou "oculto" é assim designado, por estar em desuso ou permanecer nas raízes das culturas. Originalmente no século XIX era usado por ter sido uma tradição que teria se mantido oculta à perseguição da Igreja, e da sociedade e por isso mesmo não pode ser percebido pela maioria das pessoas. Mesmo que muitos dos símbolos do ocultismo, estejam sendo utilizados normalmente e façam parte da linguagem verbal ou escrita (p.e. a palavra abracadabra seria uma palavra de poder), permanecem assim, ocultos o seu significado e seu verdadeiro sentido. Desta maneira, tudo aquilo que se chama de "ocultismo" seria uma sabedoria intocada, que poucas pessoas chegam a tomar conhecimento, pois está além (ou aquém) da visão objetiva da maioria, ou de seu interesse. O ocultismo sempre foi concebido desde o início, como um saber acessível apenas a pessoas iniciadas (ou seja, para aquelas que passaram por uma "iniciação"; uma inserção num grupo separado do comum e do popular; ou mesmo uma espécie de batismo, onde as pessoas seriam escolhidas, então guiadas e orientadas a iniciar numa nova forma de compreender e pensar o que já se conhece, supostamente transcendendo-o).

Contudo, sempre houve curiosos de várias época, que foram capazes de especular à respeito do Ocultismo, sem que este conhecimento se tornasse algo comum em suas vidas. Embora o Ocultismo sempre exigisse da pessoa que o estudava, uma posição e atitude pessoal diversa daquela que a maioria das pessoas assumia. Por isso mesmo, que os estudiosos desta filosofia não eram bem vistos (acusados de pagãos, bruxos(as), místicos(as), loucos(as), rebeldes), sendo excluídos, perseguidos e condenados. Com certeza eram em sua maioria, muito mal compreendidos. O ocultismo tem como escopo de estudo o que seriam energias e forças de variados tipos e formas, suas fontes e seus efeitos, assim como os seus canais de atuação e seus efeitos produzidos na consciência do Homem. Segundo os ocultistas a ciência oculta estuda, o contrário da ciência tradicional, a natureza em sua totalidade, assim como as relações entre a natureza e o Homem. Principalmente por professar uma dimensão espiritual, ou sobre-natural, algo que nunca foi empiricamente demonstrado e portanto não reconhecido pela ciência do passado.

Do ponto de vista de quem o professa a percepção do oculto consiste, não em acessar fatos concretos e mensuráveis, mas trabalhar com a mente "transcendendo-se" e o espírito. Ocultismo assim supostamente refere-se ao treinamento mental, psicológico e espiritual que permite um "despertar" de certas faculdades ocultas, o que na visão da ciência ortodoxa consiste em algum tipo de ilusão ou hipnose auto-induzida.

Origens, influências e tradições
O ocultismo teria suas origens em tradições antigas, particularmente o hermetismo no antigo Egito, e envolve aspectos como magia, alquimia, e cabala.

O ocultismo tem relação com o misticismo e o esoterismo e tem influências das religiões e das filosofias orientais (principalmente Yoga, Hinduísmo, Budismo, e Taoísmo).


História
As raízes mais antigas conhecidas do ocultismo são os mistérios do antigo Egito, relacionados com o deus Hermes ou Thoth. Essa parte do ocultismo ou doutrina é tratada no Hermetismo.

Na Idade Média, principalmente na Península Ibérica devido a presença de muçulmanos e judeus, floresceu a alquimia, ciência relacionada com a manipulação dos metais, que segundo alguns, seria na verdade uma metáfora para um processo mágico de desenvolvimento espiritual. Tanto a alquimia quanto o ocultismo receberam influência da cabala judaica, um movimento místico e esotérico pertencente ao judaísmo.

Alguns destes ocultistas medievais acabaram sendo mortos na fogueira pela Inquisição da Igreja Católica, acusados de serem bruxos e terem feito pacto com o diabo. Mas existem trabalhos relacionados à cabala relacionados durante toda Idade Média. E de alquimia na Baixa Idade Média.

O ocultismo ressurgiu no século XIX com os trabalhos de Eliphas Levi, Helena Petrovna Blavatsky, Papus e outros.


História recente e Ocultistas famosos
O ocultismo moderno, cujo ressurgimento deu-se principalmente ao final do século XIX, teve sua parte teórica sistematizada por Helena Petrovna Blavatsky, no que ficou conhecido como Teosofia. Além dela, também são importantes na definição do moderno ocultismo Eliphas Levi, S. L. MacGregor Mathers, William Wynn Westcott, Papus e Aleister Crowley, Anton Szandor LaVey, entre outros.

Eliphas Levi divide as preferência de alguns com Papus como o maior ocultista do século XIX, tendo ambos sistematizado boa parte do que hoje conhecemos como ocultismo prático moderno.

Também devemos lembrar a importância de S. L. MacGregor Mathers e da Ordem Hermética do Amanhecer Dourado ("Hermetic Order of the Golden Dawn"), responsáveis em parte pelo ressurgimento da magia ritualística, e que influenciaram fortemente a maioria dos mais conhecidos e importantes magos e ocultistas do século XX.

Já no século XX destaca-se enormemente a figura de Aleister Crowley, que "criou" um sistema mágico próprio - Thelema que deu origem e influenciou diversas escolas mágicas, também escreveu uma extensa coleção de livros que figuram entre as preferências de ocultistas modernos.

Não podemos esquecer também a contribuição do não tão famoso Franz Bardon com seus poucos, mas valiosos, livros.


Sociedades e fraternidades
Atualmente, as tradições relacionadas com o ocultismo são mantidas por diversas sociedades e fraternidades secretas ou abertas, cuja admissão ocorre por meio de uma iniciação, que é um ritual de aceitação. Esse ritual tem como fundamento uma suposta nova vida que a pessoa deverá alcançar com a iniciação, ela morre simbolicamente e renasce para a vida que passará a ter.

Fonte: Wikipédia


116.5 - GNOSE

Gnose é substantivo do verbo gignósko, que significa conhecer. Para os Gnósticos, Gnose é conhecimento superior, interno, espiritual, iniciático. No grego clássico e no grego popular, koiné, seu significado é semelhante ao da palavra epistéme.

Em filosofia, epistéme significa "conhecimento científico" em oposição a "opinião", enquanto gnôsis significa conhecimento em oposição a "ignorância", chamada de ágnoia.

Para os Gnósticos a gnose é um conhecimento que brota do coração de forma misteriosa e intuitiva. É a busca do conhecimento, não o conhecimento intelectual, mas aquele que dá sentido à vida humana, que a torna plena de significado, porque permite o encontro do homem com sua Essência Eterna.

O objeto do conhecimento da Gnose seria Deus, ou tudo o que deriva d'Ele. Para seus seguidores, toda Gnose parte da aceitação firme na existência de um Deus absolutamente transcendente, existência que não necessita ser demonstrada. "Conhecer" significa ser e atuar (na medida do possível ao ser humano), no âmbito do divino.

O termo "Gnose" acabou designando, nos tempos atuais, um conjunto de tradições que acreditam no aspecto espiritual do Universo e na possibilidade de salvação por um conhecimento secreto.
Gnosticismo designa o movimento histórico e religioso cristão que floresceu durante os séculos II e III, cujas bases filosóficas eram as da antiga Gnose (palavra grega que significa conhecimento), com influências do neoplatonismo e dos pitagóricos. Este movimento reivindicava a posse de conhecimentos secretos (a "gnose apócrifa", em grego) que, segundo eles, os tornava diferentes dos cristãos alheios a este conhecimento. Originou-se provavelmente na Ásia menor, e tem como base as filosofias pagãs, que floresciam na Babilônia, Egito, Síria e Grécia. O gnosticismo combinava alguns elementos da Astrologia e mistérios das religiões gregas, mistérios de Elêusis, bem como os do Hermetismo, com as doutrinas do Cristianismo. Em seu sentido mais abrangente, o Gnosticismo significa "a crença na Salvação pelo Conhecimento" (Joan O'Grady).

Gnosticismo, tem por origem etimológica o termo grego "gnosis", que significa "conhecimento". Mas não um conhecimento racional, científico, filosófico, teórico e empírico (a "episteme" dos gregos), mas de caráter intuitivo e transcendental; Sabedoria. É usada para designar um conhecimento profundo e superior do mundo e do homem, que dá sentido à vida humana, que a torna plena de significado porque permite o encontro do homem com sua essência eterna, centelha divina, maravilhosa e Crística, pela via do coração. É uma realidade vivente sempre ativa, que apenas é compreendida quando experimentada e vivenciada. Assim sendo jamais pode ser assimilada de forma abstrata, intelectual e discursiva.

O Gnosticismo usa de explicações metafísicas e mitológicas para falar da criação do universo e dos planos espirituais, mas nunca deixa de relacionar esse mundo externo e mitológico a processos internos que ocorrem no homem.



Ramificações:
Existe somente uma ramificação original Gnóstica, a de Jules Doinel e de seu sucessor Jean Bricaud. Outras escolas apenas tentaram se apropriar indevidamente do nome Gnose.

Outras escolas gnósticas verdadeiras baseiam-se nas culturas pré-cristãs, com forte influência oriental. Outras revelam influências judaico-cristã-islâmicas.

Há também uma escola que se baseia nos ensinamentos de Carl Gustav Jung, dando ênfase na interpretação das reações psicológicas do homem e sua relação com o universo. Nesse ramo não existe clero nem sistema de graus, sendo uma metodologia de trabalho interior
  
•      O ramo de Jules Doinel
•      O ramo de Jean Bricaud;
•      O ramo de Aleister Crowley
•      O ramo de Krum Heller
•      O ramo de Samael Aum Weor
•      O ramo Lucien Jean Maine

Estes ramos citados são os mais antigos e conhecidos, mas existem dezenas de outras linhagens.
Algumas destas Escolas praticam uma Gnose mais pura, baseada nas culturas pré-cristãs, com forte influência oriental. Outras Escolas praticam uma Gnose com fortes influências judaico-cristã-islâmica.
Mas ainda existe uma terceira manifestação da Gnose, baseada nos ensinamentos de Carl Gustav Yung. Esta Escola baseia sua Gnose na psicologia, dando ênfase na interpretação das reações psicológicas do homem e sua relação com o universo. Nesse ramo não existe clero nem sistema de graus, sendo apenas uma metodologia de trabalho interior.
Um ponto em comum a todas estas Escolas é a Grande Virgem da Gnose, Sofia, que é de fato a grande manifestação egregórica da Gnose. Representa a base da doutrina e mãe de todas as organizações gnósticas, inspirando a Igreja do invisível. Abaixo dela está o Arcanjo Miguel (ou Mikael), que é o guardião da Igreja, agindo de forma disciplinadora. Sua influência estende-se tanto a clérigos quanto a fiéis da Igreja Gnóstica. E completando a Trindade de comando espiritual da Igreja está o Mestre Desconhecido, um Ser Espiritual que comanda a Igreja como um Patriarca invisível, sendo o responsável pela administração e transmissão da Gnose ao Planeta Terra.

FONTE:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Gnose

116.6 - EUBIOSE

O termo "EUBIOSE" é um neologismo criado por H.J.S. e encerra em si, arquetipicamente, a formulação de um novo conceito. Os radicais EU e BIOSE, que compõem este termo, derivam do grego: "EU" – prefixo que significa bem, belo e bom – e "BIOSE", do étimo "BIOSIS", que quer dizer vida, o estado vivo, a acção de viver. Concluímos assim que a palavra EUBIOSE significa etimologicamente "a vivência do Bem, do Belo e do Bom".
Citemos Henrique José de Sousa:
"A Eubiose é a Ciência da Vida, E, como tal, é aquela que ensina os meios de se viver em harmonia com as leis universais, das quais os primeiros derivam.



Pelo que se vê, nenhuma diferença existe entre Eubiose e Teosofia, no sentido real da palavra. Porque esta, como Ciência ou Sabedoria Divina, se propõe a mesma coisa, como tronco donde se originam as ciências, artes, religiões, filosofias, línguas e tudo mais quanto já existe ou há-de existir no mundo. Desse modo não apenas os Adeptos da Boa-Lei, mas também todos os Iluminados que a este mundo vieram, pautaram a sua vida eubioticamente, ensinando aos demais que agissem do mesmo modo. E isto de acordo com a evolução natural da época dos seus vários aparecimentos."
Como vemos, a Eubiose, num sentido lato, e a Teosofia (Sabedoria das Idades, Gupta-Vidya ou Sanathana-Dharma, como é conhecida no Oriente) são a mesma coisa.
O que teria, no entanto, levado o Mestre a criar um neologismo para definir um conceito que possuía à partida um termo óptimo, como era Teosofia, para o caracterizar?
A EUBIOSE EM SENTIDO RESTRITO

Convirá, antes do mais, debruçarmo-nos sobre a análise do termo "revelar". Ao contrário do que pode à primeira vista parecer, revelar não é descobrir, pôr a nu, nem significa, de modo algum, o acto de mostrar em toda a sua pureza, em toda a sua extensão e profundidade aquilo que está oculto, aquilo que está velado. Isto seria desvelar. Revelar é tão somente o acto, a "praxis" que re-vela, isto é, que "torna a velar", que "vela de novo".
É por isto que todos os grandes Iluminados que procuraram ensinar aos homens a Verdade, não vieram desvelá-la, mas sim revelá-la, apresentá-la com novas vestes, novas roupagens que estivessem de acordo, como diria H.J.S., "com a evolução natural da época dos seus vários aparecimentos". Poder-se-ia mesmo dizer que os grandes Iluminados procuram tirar o maior "rendimento" espiritual daqueles a quem a sua revelação se dirige, isto é, procuram conduzi-los da forma mais rápida e mais segura à "desvelação".
Pensamos, pois, que não necessitará de posteriores comentários a seguinte afirmação: a EUBIOSE é uma nova revelação, uma nova forma de apresentar as verdades sempre eternas da Sabedoria Divina.

http://www.cpeubiose.org/OqueeaEubiose/index.htm

116.7 - BIOPSICOENERGÉTICA

BIOPSICOENERGÉTICA é a ciência atual da energética humana. Foi Livio Vinardi, 0 fundador da BioPsicoEnergética. 

Introdução:
Quando tratamos de energias, em particular as humanas, entramos num terreno um tanto nebuloso, impreciso, confuso e misterioso: aura, corpos energéticos, chakras, bloqueios energéticos etc.
Embora certas disciplinas - tais como a Biônica, a Bioenergética, a Parabiologia, a Parafísica, a Parapsicologia, a Psicobiofísica ou a Psicotrônica – tenham tentado elucidar o assunto, a Biopsicoenergética (BPE) possui um paradigma e uma dimensão diferentes: pois as anteriores, mesmo respeitando seus conteúdos, tratam dos fenômenos (especialmente os ditos “paranormais”), mas não os explicam.
Acreditamos que a Biopsicoenergética se estabelece como uma superdisciplina direcionada para esclarecer pontualmente o tema.
No campo da BPE desaparecem antíteses artificiais como “normal” e “paranormal”, “exotérico” e “esotérico”, já que se trata de planos de localização da consciência diante de um determinado aspecto da realidade; pois tudo depende da integridade da apreciação.
O fundador desta multidisciplina, o Dr. Livio Vinardi (vide síntese biográfica no final do texto), se consolida na atualidade como uma das mais importantes autoridades no campo da energética humana; e isto graças à sua sólida formação científica aliada à uma clarividência adestrada e altamente desenvolvida.


Que é a Biopsicoenergética:
A BPE é definida como a ciência que estuda as energias biopsicológicas, sua natureza, causas e efeitos, assim como sua inter-relação com todo tipo de energias, naturais e geradas. Explica, então, por exemplo, a interação das energias de cada ser humano com as vegetais, as minerais, das águas, dos astros, dos animais, das geradas por aparelhos e de outros seres humanos (positivas e negativas). Vivemos imersos em um oceano de energias sem nos darmos conta das interações – das que são necessárias e das que nos prejudicam.

Assim, o objetivo fundamental da BPE é o estudo e o conhecimento da cadeia Ser Humano–Natureza–Cosmos, através do denominador comum da energia. O ser humano é o ente primordial de partida e também de chegada.

No que concerne ao ser humano, a BPE o considera como uma unidade biológica–psicológica–energética–espiritual em seu duplo aspecto, inconsciente e consciente, e o enlaça com a Natureza e com o Cosmos, inspirada nos princípios da evolução e da Síntese.

Alcances da BPE:
A BPE se oferece e pode aplicar-se como estruturadora disciplinar de qualquer ramo do Conhecimento, seja em Ciência, Arte, Religião ou Filosofia.
A BPE não expõe conhecimentos isoIados; embora se descrevam aspectos parciais, todos são derivações de uma programática sintética e unificada.
A BPE atua não apenas teoricamente, mas, sobretudo, praticamente na integração harmônica do ser humano, indo do individual em direção ao universal.
Finalmente, a BPE é, sob todos os aspectos, uma Síntese Multidisciplinar de retorno ao Conhecimento Unificado.

Introdução geral. Definição e alcances da BPE:
Cosmos. Generalidades relacionadas à matéria e à energia. Conclusões da Física atual, relativas ao Universo observado.
Natureza. A Terra considerada como um organismo. Campos geoplásmicos (aura terrestre). Elementos e energias elementares dos planos naturais (chakras e vórtices da Natureza).
Ser humano. Energias bioelétricas e cibernéticas relacionadas com o sistema nervoso e os diferentes órgãos. Dedução científica do campo energético ou aura humana. Campo bioplásmico; corpo etérico e suas diferentes camadas.
Investigações sobre o campo bioplásmico, com uso de instrumentos, na San Francisco State University, Califómia - USA.
Áreas energéticas básicas da aura humana. Cores áuricas básicas no homem e na mulher.
Instâncias energética - psicológica - funcional - orgânica, de acordo com a BPE.
Chakras ou vórtices energéticos; sua dedução científica. Correspondência dos chakras com a anatomia humana; tamanhos, tonalidades, radiações e sentidos de giro.
Aura humana como síntese de chakras.
Panorama atualizado a nível mundial das investigações psicotrônicas, particularmente noa EUA, Rússia e Europa.
Energias geradas; classificação e sentido de giro; suas influências na aura humana e consequentemente sobre o ser humano na sua totalidade.
A BPE e sua Teoria Geral dos Sistemas Viventes. Concatenação das instâncias Ser Humano-Natureza-Cosmos, através da onipresença do Chakra como Expressão da Energia.
Diferentes tipos de auras humanas normais: "Naturais" e "Mentais". Estrutura "Integrada". Distribuição das energias em cada tipo; particularidades funcionais.
Patologia energética. Bloqueios; diferentes tipos; exemplos.
Processo energético da gestação. Particularidades energéticas da mulher. Estrutura do cúmulo egóico; sua conexão com o óvulo fecundado. Biorritmos. Energias que intervém durante o processo da gestação e síntese das principais metamorfoses. Processos energéticos determinantes do nascimento (parto). Abortos: análise energética.
Processos energéticos pré e pós-morte. Resolução das energias áuricas nos diversos casos (morte natural, acidental, suicídio).
Exercícios práticos de ajuda para a conscientização da aura, dos Vórtices (chakras), carga e mobilização das energias úteis e descarga das inúteis; reforço da aura como proteção e defesa energética.

NOTA: Como não é necessário um conhecimento prévio da matéria, o curso será dado com uma linguagem conceitual acessível e com ajudas audiovisuais especialmente elaboradas.

Link sobre o tema:
Vórtices e a estrutura energética do ser humano

116.8 - VAJRAYANA

Vajrayana também chamado de mantrayana, tantrayana, budismoesotérico ou tântrico e Veículo do Diamante (chinês: jīngāngshèng, japonês: 金剛乗, kongōjō) , é um conjunto de escolas budistas esotéricas. O nome vem do sânscrito e significa "veículo de diamante".

O Vajrayana é às vezes considerado como uma extensão do budismo maaiana, uma vez que ele difere primariamente na adoção de técnicas adicionais (sânscrito: upāya, "meios hábeis"), ao invés de propor uma filosofia distintamente diferente.

O Mahayana possuiria assim dois caminhos de prática: o Sutrayana, que prega o aperfeiçoamento através do acúmulo de mérito e sabedoria gradualmente, e o Vajrayāna, que prega a tomada do fruto - a iluminação - como o caminho
Características do Vajrayana
Segundo a tradição budista vajrayana, as técnicas upaya vajrayana permitem ao praticante um caminho acelerado a iluminação. Para isto faz-se uso de técnicas tantra, que auxiliam o desenvolvimento espiritual e a transmissão esotérica. Nesta suposta aceleração reside uma das diferenças entre a escola Vajrayana e outras escolas do Budismo. O Budismo Vajrayana, entretanto, não propõe que as escolas Theravada ou Mahayana estejam erradas, ao contrário, considera estas práticas como fundamentos essenciais sobre os quais a prática Vajrayana pode ser construída.
Sub-escolas
Apesar de haver evidência da presença da tradição Vajrayana no sudeste asiático, bem como em outros lugares, atualmente estes ensinamentos

Vajrayana tibetano
As escolas do budismo tibetano, baseadas nas trasmissões das escrituras indianas para o platô tibetano, são achadas tradicionalmente no Tibete, Butão, norte da Índia, Nepal, Mongólia, partes da China e algumas repúblicas da antiga União Soviética, tais como Amur Oblast, Buryatia, Chita Oblast, Tuva, Kalmykia e Khabarovsk Krai.

Mikkyo japonês
A tradição Mikkyo só é encontrada em sua inteireza atualmente no Japão. Com a dominação japonesa sobre o leste asiático durante a primeira mentade do século XX. Durante a dinastia Tang a tradição Mikkyo foi quase que completamente exterminada da China continental, sobrando apenas resquícios em alguns rituais, que acabaram sendo incorporados pelas tradições Chan e Terra Pura. Mais recentemente, alguns monastérios na China, Taiwan e Singapura acabaram recebendo influência do Mikkyo japonês, devido à dominação imperialista japonesa do leste asiático.

Apesar de similares em conceito com as práticas do Vajrayana tibetano, os rituais Mikkyo descendem de aspectos mais antigos da tradição tântrica do budismo indiano, diferindo significativamente em termos de linhagem, estética etc. Os textos primários da tradição Mikkyo são o Mahavairochana Sutra e o Vajrasekhara sutra, cuja importância na tradição tibetana é inexpressiva.

O budismo Mikkyo foi introduzido no Japão por Kukai, um monge japonês que estudou na China no século IX, durante a dinastia Tang, trazendo consigo as tradições completas do Mikkyo. Ao retornar para o Japão estabelece a escola Shingon. A escola Shingon é um dos pouquíssimos ramos do budismo que ainda preserva o uso da escrita sânscrita siddham.

Apesar da escola Tendai do budismo japonês também possuir uma transmissão dos ensinamentos Mikkyo, estes são um tanto periféricos, uma vez que esta escola prima pela pluralidade na sua abordagem da práxis budista, não sendo assim uma escola exclusivamente esotérica. Na realidade, o centro da doutrina desta escola está nos ensinamentos do Sutra do Lótus

O fundador da escola Tendai, Saicho, foi à China na mesma época que Kukai. Apesar de ter recebido alguns poucos ensinamentos esotéricos, não chegou a receber instruções na tradição completa, procurando mais tarde recebê-las de Kukai. Apesar de terem uma relação inicialmente cordial, eles acabariam por cortar relações devido à atritos.

Mais tarde, o monge Tendai Ennin viajaria para a China para receber instruções completas na tradição Mikkyo, finalmente incorporando-os ao corpo doutrinário de sua escola.


Fontes
Tantric Ethics: An Explanation of the Precepts for Buddhist Vajrayana Practice, de Tson-Kha-Pa, ISBN 0-86171-290-0
Perfect Conduct: Ascertaining the Three Vows de Ngari Panchen, Dudjom Rinpoche, ISBN 0-86171-083-5
Buddhist Ethics (Treasury of Knowledge) sw Jamgon Kongtrul Lodro Taye, ISBN 1-55939-191-X
Āryadeva's Lamp that Integrates the Practices (Caryāmelāpakapradīpa): The Gradual Path of Vajrayāna Buddhism according to the Esoteric Community Noble Tradition, ed. e trad. por Christian K. Wedemeyer (New York: AIBS/Columbia Univ. Press, 2007). ISBN 978-0-9753734-5

116.9 - CÍRCULO ESOTÉRICO COMUNHÃO DO PENSAMENTO

"HARMONIA, AMOR, VERDADE E JUSTIÇA"
O Círculo Esotérico da Comunhão do Pensamento (CECP) é uma entidade brasileira dedicada ao estudo das doutrinas espiritualistas, definida como uma "sociedade brasileira de estudos espirituais". Visa principalmente o desenvolvimento das forças mentais latentes em todo ser humano, para que o homem descubra por si mesmo que não é apenas um animal que veste roupas e caminha na face da terra, e sim o com criador do universo.

É a mais antiga escola de esoterismo ainda em atividade no Brasil. Fundado pelo português António Olívio Rodrigues em 1909, é uma entidade dedicada principalmente ao estudo e prática de doutrinas como a cabala e o supermentalismo.

Possui Centros de Irradiação Mental em todo o Brasil, denominadosTattwas.
CÍRCULO ESOTÉRICO DA COMUNHÃO DO PENSAMENTO :  

O Círculo Esotérico da Comunhão do Pensamento (CECP) é a primeira ordem esotérica estabelecida no Brasil, cujo propósito é estudar as forças ocultas da natureza e do homem e promover o despertar das energias criadoras latentes no pensamento humano. Desde sua fundação, a Entidade adotou como lema os princípios deHarmonia, Amor, Verdade e Justiça. Esses potentes ideais constituem as quatro colunas mestras que sustentam a filosofia de nossa Ordem e objetivam constituir a tônica de suas atividades.
Seguindo as normas traçadas desde a sua fundação, o Círculo Esotérico compõe-se de filiados sem qualquer discriminação de raça, credo, cor ou nacionalidade, os quais acham-se espalhados pelos mais diversos rincões de nosso país e do estrangeiro, e em grande parte agrupados em Centros de Irradiação Mental, ou Tattwas, sediados nas principais cidades do pai, todos se propugnando os mesmos ideais. Os seus associados se reúnem em obediência ao Ritual do Círculo, em sessões exotéricas todas as segundas-feiras e em sessões e emsessões esotéricas todo dia 27 de cada mês.
Da mensagem inicial que o patrono-fundador da Ordem dirigiu a todos os sócios e esoteristas cumpre destacar as seguintes palavras salutares:
“ Sendo o homem alguma coisa mais do que um simples animal que traja roupas, ele não é um joguete da causalidade, mas uma potência; é o criador e o destruidor da casualidade. Por meio de sua energia interior, o homem vencerá a indolência e entrará no Reino da Sabedoria. Então ele sentirá amor por tudo quanto vive e se constituirá num poder inexaurível para o bem de seu próximo. Oferecemos a energia que liberta a mente da ignorância, do preconceito e do erro.Queremos incutir valor para que se busque a verdade de todos os modos; amor pelo socorro mútuo; paz que sempre chega à mente iluminada e ao coração aberto, e a consciência de uma vida imortal”

O Círculo Esotérico da Comunhão do Pensamento:
Antonio Olívio Rodrigues, o idealizador e fundador do Círculo Esotérico da Comunhão do Pensamento, nasceu em Portugal a 7 de outubro de 1879, de origem humilde veio para o Brasil em 1890, quando tinha apenas 11 anos de idade. Trabalhando em várias profissões humildes com baixos salários, dedicava as poucas horas livres para melhorar seu grau de instrução escolar e também dedicava-se ao estudo do espiritualismo, magnetismo, astronomia, filosofia, etc.

Em 1902, com 23 anos, já havia constituído família. Uma certa noite, descansava após um dia de trabalho quando de súbito aflorou na mente uma luminosa inspirada em seus estudos espirituais. A princípio era apenas uma tímida idéia, mas ela foi crescendo e tornando-se  cada vez mais nítida e consciente.

Nesta época as pesquisas psíquicas haviam acendido na França e em meados do século XIX irradiava seus clarões por toda Europa e América. As notáveis conferências pronunciadas pelo grandeVivekananda e por outros luminares no congresso das Religiões realizado em Chicago em 1893, a par das obras ocultistas deH.P.Blavatsky  divulgadas desde 1877, foram logo traduzidas para o espanhol, o que as tornou mais acessíveis a A.O.R(Antonio Olívio Rodrigues) e outros estudiosos e pesquisadores.

PATRONOS:
Antonio Olívio Rodrigues, Prentice Mulford,  Swami Vivekananda e Eliphas Levi.


Antonio Olívio Rodrigues, teve a rápida visão da conveniência em promover o intercâmbio de idéias com outras pessoas cultas, identificadas com a poderosa corrente intelectual norte-americana. Assim, em 1907, uniu-se a um pequeno grupo de pessoas fundando a primeira sociedade esotérica do Brasil, denominada “Loja Martinista Amor e Verdade”, seguida da publicação da primeira revista do gênero em nosso país, “O pensamento”, com finalidade de divulgar o magnetismo, a astrologia, a clarividência, a psicometria, a terapêutica e o psiquismo em geral.

No 3° número dessa mesma revista, em fevereiro de 1908, Antonio Olívio Rodrigues, lançou a idéia, bem ousada para época, da instituição da “Comunhão do Pensamento”, e concomitantemente passou a propagá-la de modo ativo, convicto de vê-la triunfante.
Em sua incansável busca, teve oportunidade de conhecer as idéias de Helena Petrovna Blavatsky, Swami Vivekananda,Eliphas Levi, Prentice Mulford e muitos outros buscadores da sabedoria divina, visando a formação de uma entidade por meio da qual pudesse trazer a todos nós os ensinamentos desses mestres e de outros, como Sri Ramakrishna, que diz não há pecador irremissível, uma vez que viemos de Deus e a Ele voltaremos. Em 1907, aos 28 anos de idade e acompanhado de alguns amigos, fundou a sociedade esotérica Loja Amor e Verdade e ao mesmo tempo iniciou a publicação da revista O Pensamento, com o interesse de divulgar suas idéias.

Embora a entidade criada não ultrapassasse um ano de existência, a revista vem se mantendo viva até os nossos dias e, em seu terceiro número, em 1908, Antonio Olívio Rodrigues lançou a idéia de se organizar uma instituição que mostrasse o poder da comunhão de pensamentos. Foi assim que, batalhando com muito esforço, conseguiu despertar, em inúmeros leitores da revista, o interesse em tornar seu sonho realidade, fundando, no dia 27 de junho de 1909, o Círculo Esotérico da Comunhão do Pensamento.

E de fato, o ideal de uma comunhão do pensamento, isto é, da formação de uma ininterrupta cadeia mental coletiva, visando à geração de ondas irradiadoras de pensamentos de paz e harmonia entre os homens, foi facilmente acolhido com grande entusiasmo pelos leitores da revista. Adesões começaram a afluir num crescendo animador, ao passo que, paralelamente, iniciativas práticas nesse sentido foram sendo tomadas e intensificadas por Antonio Olívio Rodrigues,, até a eclosão do empolgante ideal no dia 27 de junho de 1909, quando se concretizou na instalação solene da Primeira Ordem Esotérica do Brasil, sob denominação de Círculo Esotérico da Comunhão do Pensamento.

Propondo-se a estudar as forças ocultas da natureza e do homem e a promover o despertar das energias criadoras latentes no pensamento humano, a agremiação adotou como lema e divisa os sublimes ideais de Harmonia, Amor, Verdade e Justiça. Estes potentes ideais constituem as quatro colunas mestras que sustentam o templo de nossa venerável Ordem e objetivam constituir a tônica de sua vida e de suas atividades.

Filosofia:
A filosofia do Círculo Esotérico pode ser compreendida através do Livro de Instruções, onde se encontra essa pequena apresentação:
"Sendo o homem alguma coisa mais do que um simples animal que traja roupas, ele não é um joguete da casualidade, mas uma potência; é o criador e o destruidor da casualidade. Por meio de sua energia interior o homem vencerá a indolência e entrará no reino da sabedoria. Então ele sentirá amor por tudo quanto vive e se constituirá num poder inexaurível para o bem de seu próximo. Oferecemos "energia" que liberta a mente da ignorância, do preconceito e do erro. Queremos incutir valor para que se busque a verdade por todos os modos; amor pelo socorro mútuo; paz que sempre chega à mente iluminada e ao coração aberto, e a consciência de uma vida imortal".

De acordo com seus estatutos, o Círculo Esotérico da Comunhão do Pensamento visa transmitir aos seus filiados a mensagem da alma em busca de evolução, procurando mostrar que o ser humano conta não apenas com um corpo material, mas também que é dotado de origem divina, embora essa parte continue, na grande maioria, em estado latente. Ou seja:
Promover o estudo das forças desconhecidas do homem e da natureza, estimulando o amor a esta, zelando pela sua defesa;
Eis algumas de suas finalidades:
Promover o despertar das energias criadoras, latentes no pensamento de cada filiado, no sentido de assegurar o bem estar físico, moral e social, mantendo a saúde do corpo e do espírito;
Promover o despertar das energias criadoras, latentes no pensamento de cada filiado, no sentido de assegurar o bem estar físico, moral e social, mantendo a saúde do corpo e do espírito;
Concorrer, na medida de suas forças para que a Harmonia, o Amor, a Verdade e a Justiça se efetivem cada vez mais entre os homens;
Empregar todos os meios ao seu alcance em prol do bem comum, empenhando-se no combate aos vícios que flagelam a humanidade, quais sejam o alcoolismo, os tóxicos inebriantes, as incontinências física e moral;
COMUNHÃO DO PENSAMENTO tendo em vista o fato incontestável de que a união faz a força.

Tattwas:
Tattwas, são forças sutis da natureza, que se prendem na raiz de todas as manifestações e ao mesmo tempo, sobre os planos físico, mental e psíquico. São as cinco modificações do Swara, reflexo de Parabrah, atributo absoluto de Deus, traduzindo a Sua Sublimidade, Grandeza e Onipotência, abrangendo os atributos da Onipresença e Onisciência.

Os Tattwas (Centros de Irradiação Mental), criados em todos os Estados do Brasil, são elos que constituem a grandiosa Cadeia mágica, poderosas baterias vivas, para os irmãos do Círculo Esotérico da Comunhão do Pensamento que, no dizer dos Mestres Iniciados, projetam no astral de um extremo ao outro do mundo a vontade coletiva, magnética, dinamizada, cuja força assim projetada, traz um grande benefício aos irmãos da Ordem, protegendo-os contra as adversidades da vida e dando-lhes coragem para enfrentar os reveses do destino, assim como, auxiliando-os na ascensão espiritual a que todos estamos fatalmente sujeitos.

Fontes:
http://www.circuloesoterico.com.br/
http://www.masonic.com.br/circulo/



116.10 - GRANDE FRATERNIDADE BRANCA
A Grande Fraternidade Branca (GFB) é uma fraternidade que, tradicionalmente, atribui-se surgida no Antigo Egito, durante o reinado do faraó Tutmés III. A GFB reuniria em quadro os mais sábios de todo o Egito, também conhecidos como hierofantes ou sacerdotes, que tinham por objetivo estudar os mistérios místicos e esotéricos da vida. A esta fraternidade reservada apenas para iniciados dá-se o nome de escolas de mistérios. A definição sobre as origens históricas da GFB não são precisas, mas convenciona-se dizer (Segundo Geoffrey Hodson, no livro A vida de Cristo, do nascimento à ascensão), que houve um período entre 700 a.C. e 300 d.C. no qual surgiram muitos pensadores, como Confúcio e Lao-Tse na China; o Buda na Índia; Zoroastro na Pérsia, Pitágoras, Sócrates, Platão e Aristóteles na Grécia e Plotino e Amônio Saccas em Alexandria; além dos judeus que estudaram o judaísmo esotérico, ou Cabala. Estes pensadores foram iniciados em conhecimentos universais ou na Sabedoria perene, isto é, a Gnose, a qual se manifesta sob quatro pilares: arte, ciência, filosofia, misticismo.

História:
Num contexto de preservação da própria cultura e identidade, as sociedades secretas ou fraternidades visavam também a preservar as ciências sagradas ameaçadas pela invasão dos fenícios (que dominou o Egito durante quase um milênio)e por isso fecharam-se a estranhos ou invasores, tornando-se secretas, ou confrarias (A Grande Fraternidade Branca, os dirigentes invísiveis, de Kenneth Burton). Este período foi marcado pelo paralelismo entre a iniciação esotérica dos eleitos (iniciados ou hierofantes) aos mistérios e o culto de Osíris e Ísis pelo povo em geral. Surgiu nesta época a figura de Moisés (1.300 a.C.), libertador dos hebreus, autor das sagradas escrituras do judaísmo, que foi igualmente iniciado nos mistérios de Ísis e Osíris.

Datam deste período também as iniciações de Orfeu nos mistérios de Dionisio; de Pitágoras de Samos, fundador da importantíssima confraria dos pitagóricos; em 564 a.C. de Sidarta Gautama, o Buda, que foi um Iluminado e não um iniciado; Jesus junto à escola dos essênios, que foi uma outra ramificação da GFB (A Grande Fraternidade Branca, os dirigentes invísiveis).

Dentre estas, várias outras sociedades hoje se proclamam descendentes dessa antiqüíssima fraternidade, dentre elas aMaçonaria, Ordem Rosacruz (AMORC), Movimento Eu Sou, Ponte para a Liberdade, Movimento da Consciência Suprema Una, a Summit Lighthouse e a própria Sociedade Teosófica.
  
Sociedade Teosófica (S.T.), como surgiu o termo GFB:
Foi com Helena Blavatsky, na fundação da Sociedade Teosófica em 1875, que a idéia de uma irmandade oculta se tornou de fato popular. No entanto ela nunca se referiu a esta fraternidade com este nome, e que esta é uma terminologia do século XX. A denominação de branca é uma referência à luz branca, cósmica ou incolor que circunda o corpo dos mestres, como se fosse a aura. Só após a morte de Blavatsky é que se vinculou com maior ênfase a GFB à Sociedade Teosófica, especialmente a Seção Adyar, sob o comando de Annie Besant e Charles Leadbeater, e as obras de Alice Bailey (um dos livros mais famosos chama-se A Hierarquia).

A partir do surgimento da S.T. estes foram os dirigentes:

Helena Petrovna Blavatsky, que foi sucedida por Annie Besant.
William Q. Judge, que deixou para criar a própria organização.
Annie Besant, sucedida por Charles W. Leadbeater.
Rudolf Steiner deixou a organização nesta época.
Cyril Scott, David Anrias, Jinarajadasa e Geoffrey Hodson.



Sete raios de luz:
Segundo Charles Leadbeater, a GFB é representada pelos chamados Sete Raios de Luz, ou os correspondentes, os sete mestres ascencionados. Cada um dos raios equivale a uma das cores dos sete raios do arco-íris; são eles:
Como na figura acima pela ordem :
El Morya - Primeiro Raio, cor azul-cobalto
Lanto - Segundo Raio, cor Dourado
Paulo Veneziano - Terceiro Raio, cor rosa
Serapis Bey - Quarto Raio, cor branca
Hilarion - Quinto Raio, cor verde
Mestre Nada - Sexto Raio, cor púrpura-dourado
Saint Germain - Sétimo Raio, cor violeta

O que é a Grande Fraternidade Branca?
A Fraternidade Branca é composta na sua maioria de seres iluminados, seres que viveram, sofreram, amaram, evoluíram na Terra, e que a história os conhece por Santos, Sábios, Iluminados.

Todo o esforço destes Seres na pratica e conhecimento da Luz, os elevaram à condição de Mestres da Luz ou simplesmente, como são chamados.: MESTRES ASCENSIONADOS

Assim, OS MESTRES ASCENSIONADOS DA GRANDE FRATERNIDADE BRANCA são compostos de Seres evoluídos, Espíritos avançadíssimos, que, reunidos como uma fantástica Hierarquia Cósmica, protegem e orientam a humanidade há milênios. Aqui trataremos da Fraternidade Planétaria (da Terra), mas existe um Fraternidade Solar ( do nosso Sistema Solar).

Também existem, como participantes da Fraternidade Branca, os Anjos e os Elementais que,por enquanto, não está aqui descrita.

Vamos conhecer esta Hierarquia e detalhes da vida de cada um destes seres maiores que dirigem a força e a luz de Deus através dos Sete Raios de Virtudes.